quarta-feira, 08/10/25

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Governo anuncia que todas favelas do país agora têm CEP

Foram gerados códigos para 12.348 comunidades registradas pelo IBGE, onde vivem 16,39 milhões de pessoas. Maioria dos habitantes (72,9%) é composta por pretos ou pardos.

Governo anuncia que todas favelas do país agora têm CEP — Foto: Reprodução/ Ministério das Cidades

 

O governo anunciou nesta quarta-feira (8) que concluiu a implementação de Códigos de Endereçamento Postal (CEPs) em todas as favelas do país.

Foram gerados códigos para 12.348 comunidades registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde vivem 16,39 milhões de pessoas, a maioria pretas e pardas (72,9%).

As ações beneficiaram regiões periféricas em 656 cidades brasileiras

O programa, iniciado em 2024, é resultado de uma parceria entre o Ministério das Cidades e os Correios e tinha como meta levar endereçamento a todo o Brasil até o fim de 2025.

De acordo com o governo, não há estimativa precisa de quantas pessoas sofriam com a falta de CEP, mas o IBGE classifica cerca de 280 mil endereços em favelas e comunidades urbanas com “fragilidade de endereço” — ou seja, locais sem nome de rua, sem numeração ou sem ambos, o que afeta cerca de 870 mil pessoas.

Etapas em andamento

 

O programa ainda prevê duas fases complementares:

▶️Mapeamento completo de logradouros em 300 favelas e comunidades, com criação de CEPs específicos para ruas, vielas, becos e travessas. Até o momento, 765 códigos já foram gerados.

▶️Implantação de atendimento físico dos Correios em 100 favelas espalhadas pelo país.

Por que o CEP é importante

 

Segundo a Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, o endereço formal é uma chave de inclusão social e cidadania.

A ausência de CEP dificulta o acesso a serviços públicos, como saúde, educação e programas sociais, além de impedir inscrições em concursos e candidaturas a empregos.

Um exemplo citado pelo governo ocorreu em Campo Grande (MS). Na comunidade Nova Esperança, uma epidemia de sarna humana não estava sendo atendida pelo posto de saúde mais próximo porque os moradores não possuíam código de endereçamento.

Após a criação do CEP, a comunidade passou a ser atendida regularmente por agentes de saúde e assistência social, e vários moradores finalmente conseguiram acesso a benefícios sociais aos quais já tinham direito.

 

 

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