Este é quarto aumento do ano nas refinarias. Nesta sexta-feira (19), litro era vendido a R$ 5,25; alta pode ser repassada para consumidor ainda no fim de semana.
O preço da gasolina no Distrito Federal pode chegar a R$ 5,80 neste fim de semana, segundo previsão do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicombustíveis). Esse é o quarto reajuste anunciado pela Petrobras apenas em 2021.
A última alta ocorreu no dia 8 de fevereiro, e o preço da gasolina passou dos R$ 5 nos postos da capital.Na manhã desta sexta, postos da capital comercializavam o litro a R$ 5,25 (veja foto abaixo).
O diesel também sofreu reajuste de R$ 0,34 nas refinarias e passou a ser comercializado por R$ 2,58. No caso da gasolina, o aumento foi de R$ 0,23 por litro, totalizando R$ 2,48 nas distribuidoras.
Em dezembro, o litro da gasolina era vendido nas refinarias por R$ 1,84, em média. Já o diesel saia a R$ 2,02.
De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, Paulo Tavares, o consumidor deve sentir o aumento em até três dias, período em que os postos devem ter os estoques reabastecidos.
“Segundo dados oficiais da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o lucro médio por litro de gasolina nos postos do DF são, em média, de R$0,20 a R$ 0,50 por litro, depende do revendedor e da negociação com a distribuidora. O aumento de agora pode ser maior que o lucro. É quase improvável absolver esse valor”, comentou Paulo.
Justificativa
Em nota, a Petrobras informou que o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o comércio brasileiro seja suprido sem riscos de desabastecimento. “Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020”, informou o texto.
A Petrobras disse ainda que, até chegar ao consumidor final, o combustível sofre acréscimos de tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores.
Além disso, a empresa ainda afirmou que os reajustes feitos “pode ou não refletir no preço final ao consumidor”.
“Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis”, disse.
Por G1 DF e TV Globo*