A PF e o MPF estão investigando o fundo Direcional B do banco BTG Pactual usando como ponto de partida o acordo de delação de Antonio Palocci, informa a Folha.
Em sua colaboração premiada, o ministro da Fazenda de Lula afirmou que, de 2010 a 2012, Guido Mantega, seu sucessor na pasta, passou para o dono do BTG, André Esteves, informações sobre as reuniões do Copom que definiam a taxa básica de juros.
O jornal paulistano assinala que, em 31 de agosto de 2011, o Copom fez um inesperado corte de 0,50 ponto percentual no juro básico –desde janeiro daquele ano, a Selic estava em alta e não havia nenhuma sinalização de redução. Dos 62 economistas ouvidos pela agência Bloomberg, todos apostavam na manutenção da taxa.
O BTG Pactual Direcional B, no entanto, apostou na queda da taxa –e ganhou cerca de R$ 58 milhões, valorização de 30,41% em apenas um dia.
Em outubro do ano passado, O Antagonista mostrou que outros fundos –o Bintang, também administrado pelo BTG, e o R&C– também estavam sob suspeita de ter recebido informação privilegiada sobre o corte da Selic em 2011.
O Antagonista