As negociações políticas para a montagem das chapas de candidatos a governador, vice-governador e senador ainda se arrastam em meio a incontáveis dificuldades para alcançar um acordo entre os partidos. Mas, além da disputa aos cargos majoritários, outra controvérsia mobiliza as legendas: a formação das chapas e coligações para as eleições de deputados distritais e federais. Os líderes partidários e os pré-candidatos fazem contas e projeções para tentar definir qual composição é a mais competitiva.
Na eleição proporcional para essas vagas, os votos de cada coligação são somados e distribuídos entre os mais bem votados de acordo com o coeficiente eleitoral. Esse índice é calculado a partir da divisão do total de votos válidos pelo número de vagas disponíveis. Em 2010, para a Câmara Legislativa, foram registrados 1.429.093 de votos válidos para 24 cadeiras. Ou seja: a cada 59,5 mil votos, a coligação teve direito a um mandato de deputado distrital.
No caso da eleição para deputado federal, a missão foi ainda mais difícil. Como a Justiça Eleitoral computou 1.406.083 para apenas oito cadeiras, o coeficiente foi de 175.760 votos. Esse foi o número mínimo de eleitores que cada coligação teve que conquistar para conseguir uma vaga de federal. Como o número de brasilienses aptos a votar cresceu de lá para cá, o coeficiente eleitoral também vai aumentar este ano. A expectativa dos partidos é de que esse índice fique em torno de 65 mil votos para a Câmara Legislativa e de até 200 mil para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Correio Web