Pelotão do Exército se concentra em Ceilândia Norte (foto: Divulgação / Philipe Moreira)
Uma grande operação para inibir o aumento dos casos de coronavírus em Ceilândia foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (8/6). Oficiais do Exército, agentes da Polícia Civil e integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram deslocados até a cidade nas primeiras horas do dia.
O pelotão do Exército se concentra na quadra 5 de Ceilândia Norte, e realizam o planejamento estratégico para atuar nas demais áreas da cidade. No centro, Polícias Civil e Militar iniciaram a fiscalização do fechamento do comércio, que deve durar por pelo menos 72 horas.
O Correio apurou que tropas do Corpo de Bombeiros também foram deslocadas para realizar a fiscalização. A logística e estratégias foram definidas em duas reuniões que ocorreram na sexta-feira (5/6), de acordo com fontes ouvidas pelas reportagem.
Forças de segurança estão em Ceilândia atuando no combate ao coronavírus(foto: Divulgação / Philipe Moreira)
Desde a semana passada, o governo se mantém atento ao crescimento da doença na maior cidade do DF, que já registra 2.040 casos e 43 mortes, enquanto as ruas permanecem lotadas. Estrutural e Taguatinga também levantam grande preocupação.
Diferente do que está ocorrendo nas demais regiões da capital, as áreas sob restrição do comércio terão a fiscalização apertada, e multas serão aplicadas em que estiver nas ruas, fora da quarentena. Quem descumprir a ordem, será forçado a suspender as atividades pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros.
Homens de batalhões que atuam em outras regiões administrativas devem ser mobilizados para as duas cidades. Taguatinga deve passar por avaliação para eventualmente ser incluída no bloqueio total das atividades públicas, do comércio e da restrição de circulação nas ruas. O governo chegou a avaliar a possibilidade de decretar lockdown (fechamento total), com restrição a todas as atividades comerciais e de circulação nas ruas e em locais públicos.
No entanto, a avaliação imediata é de que o problema ainda pode ser contornado sem a aplicação de medidas mais radicais. O temor do governo é que o sistema de saúde local entre em colapso e o número de mortes aumente significativamente.
(CB)