Titular da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira disse ao presidente do STF, Luiz Fux, que militares atuarão pelo bem do processo eleitoral
Após reunião com o titular do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, recebeu em seu gabinete o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército Brasileiro.
O encontro, que estava previsto inicialmente para acontecer nesta quarta-feira (4/5), acabou antecipado para esta terça-feira (3/5). A reunião foi pedida pelo próprio general, que chegou às 17h horas ao Supremo.
A reunião ocorreu dentro de um contexto no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem voltado a colocar em xeque a atuação do Judiciário, em especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retomando o discurso de questionamento sobre a lisura do processo eleitoral.
Nogueira assegurou a Fux que “as Forças Armadas estão comprometidas com a democracia brasileira, e que os militares atuarão, no âmbito de suas competências, para que o processo eleitoral transcorra normalmente e sem incidentes”.
Por sua vez, o presidente do STF ressaltou que a Suprema Corte brasileira preza pela harmonia entre os poderes e pelo respeito entre as instituições.
Serenar os ânimos
A reunião entre o general Nogueira e Fux pode servir para serenar os ânimos entre o Executivo e o Judiciário, acirrados mais uma vez depois dos novos ataques de Bolsonaro à Corte e ao TSE.
Em fala durante o “Ato Cívico pela Liberdade de Expressão”, no Palácio do Planalto, em Brasília, o mandatário do país afirmou que uma saída para garantir a lisura das eleições está em sugestões feitas pelas Forças Armadas ao TSE. “Não precisamos do voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira – e ali, nessas sugestões, existe essa maneira – para a gente confiar nas eleições”, insistiu.
Na ocasião, presidente do Senado Federal manifestou-se em defesa da Justiça Eleitoral e do sistema eletrônico de votação.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente, e as urnas eletrônicas confiáveis”, escreveu Pacheco. “Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”, afirmou.