Floresta Nacional de Brasília (Flona) estava fechada desde 3 de setembro devido a incêndios florestais. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio que atingiu a Flona foi o maior dos últimos 10 anos
Apesar da reabertura, algumas áreas continuam com estruturas danificadas – (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) decidiu, na noite desta quinta-feira (10/10), reabrir a Floresta Nacional de Brasília (Flona) para visitação a partir das 7h desta sexta-feira (11/10).
O local estava fechado desde 3 de setembro devido a incêndios florestais que atingiram a área. Durante o período de fechamento, servidores, brigadistas, instituições parceiras e centenas de voluntários trabalharam no combate às chamas, desobstrução de estradas e trilhas, além do resgate e cuidado com os animais silvestres.
Apesar da reabertura, algumas áreas continuam com estruturas danificadas, como as trilhas Buriti e Sucupira e parte do Circuito Flona de mountain bike, incluindo a passarela do Ciclista, que sofreu danos significativos. A direção do instituto pede que os visitantes entrem em contato com a equipe responsável pela floresta caso identifiquem algum risco durante a visitação, como árvores com risco de queda.
“O Instituto Chico Mendes também convoca a comunidade a se engajar nas ações de recuperação, que continuarão nas próximas semanas. Entre essas atividades, destacam-se a revitalização das trilhas, apoio à fauna e os Mutirões pela Vida, focados no plantio de espécies nativas do Cerrado nas áreas prioritárias”, explicou o instituto, por nota.
Maior incêndio em 10 anos
De acordo com o ICMBio, o incêndio na Flona atingiu uma área que corresponde a 45,85% — quase a metade — total da unidade de conservação. Foi o maior incêndio florestal dos últimos 10 anos.
Com cenário desolador, as árvores, antes altas e verdes, foram reduzidas a troncos, cobertos por cinzas, caídos no chão. Os cantos dos pássaros ecoam distante e a fauna parecia não habitar mais o local.
O cheiro de fumaça se espalhava por toda a Flona e não era mais possível avistar flores na vegetação. As marcas das chamas alcançaram a metade dos troncos maiores.
Com o Correio Braziliense