domingo, 23/02/25
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Feminismo moderno troca bandeiras legítimas por hipocrisia

Movimento feminista fez vista grossa em relação às ofensas sofridas por Regina Duarte   –  Reprodução/Instagram

Direito de estudar, votar, receber herança e poder fazer planejamento familiar foram algumas das várias conquistas de extrema importância que a luta feminista garantiu às mulheres. Porém, ao longo do tempo, o movimento foi se estendendo por caminhos tortuosos e, em algum momento, se afastou de sua essência.

Hoje em dia, inúmeras bandeiras são levantadas apenas por partidarismo político e ideológico. Mas claro que tudo é sempre muito bem regado com uma dose generosa de hipocrisia. Prova disso é a seletividade do “mexeu com uma, mexeu com todas” que, na prática, inclui apenas quem se enquadra em certas ideologias e partidos políticos.

Dois casos recentes confirmam que as bandeiras feministas só tremulam para quem faz parte de uma panelinha preestabelecida, aconteça o que acontecer com as que estão do lado de fora. Um deles é o da atriz e atual Secretária da Cultura Regina Duarte e as ofensas repugnantes de José de Abreu, e o outro envolvendo um programa proposto pela ministra Damares Alves.

O movimento feminista fez vista grossa em relação ao ocorrido com Regina Duarte, esquecendo de que há 40 anos ela protagonizou Malu Mulher, produção que conta a história de uma divorciada que luta para criar a filha, driblando os preconceitos da época. O silêncio das feministas só reitera o fato de que o movimento é partidário e ideológico e não reconhece os feitos de mulheres que pensam diferente.

Quanto à ministra, tudo o que envolve seu nome vira polêmica e se torna combustível para fake news. A tão necessária Campanha de Prevenção da Gravidez na Adolescência, lançada no último dia 3, virou chacota ao ser batizada de “campanha de abstinência sexual”. Além de reduzir um programa importante a um único fator, uma série de notícias falsas começou a circular, como a que afirma que haverá suspensão de programas de distribuição de preservativos, entre outras medidas já existentes e que serão mantidas.

A campanha, entre outras coisas, tem o objetivo de conscientizar a sociedade de que não podemos ver com normalidade o sexo praticado por crianças. A média nacional de início da atividade sexual está em 12 anos de idade, ou seja, desceu da adolescência para a infância, quando a criança nem mesmo tem um corpo preparado para isso. Obviamente as maiores prejudicadas são as meninas, principalmente quando engravidam e, em sua maioria – deixam a escola e ficam sem perspectiva de futuro.

Mas para esse feminismo que aí está o que importa não são as mulheres, mas sim, ser um instrumento de doutrinação ideológica com interesses puramente políticos. Infelizmente, a cada dia o movimento prova que trocou bandeiras legítimas por estandartes de pura hipocrisia.

Do R7
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