Investigação segue sob sigilo. Letícia Santos de Souza, de 22 anos, foi assassinada na madrugada de segunda-feira (18), na Estrutural; segundo familiares, agressor está preso.
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o assassinato de uma jovem de 22 anos na Chácara Santa Luzia, na Estrutural. Letícia Santos de Souza teria sido morta a tiros pelo companheiro, na última segunda-feira (18). Se confirmado, é o terceiro crime dessa natureza registrado em 2021 (veja mais abaixo).
O caso foi registrado como feminicídio na 8ª Delegacia de Polícia, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). Entretanto, de acordo com a corporação, a linha de investigação pode mudar, durante apuração do crime.
A Polícia Civil informou que o caso está sob sigilo, por estar no âmbito da Lei Maria da Penha. Ao G1, a mãe da vítima, Maria Aparecida dos Santos, de 46 anos, contou que a filha morava com o suspeito.
“Eles tinham um relacionamento conturbado. Ele brigava e ameaçava ela.”
Na noite de domingo (17), Maria recebeu uma ligação da sogra de Letícia, pedindo para que ela fosse à casa da filha. “Estava muito tarde, era quase 23h e achei perigoso ir até lá. Porém, me ligaram novamente e chamei a polícia para me acompanhar. Quando cheguei [na residência], minha filha estava morta”, contou ao G1.
Maria Aparecida disse ainda que o homem suspeito pelo crime matou outra pessoa e foi baleado. De acordo com a mãe da jovem, o agressor foi preso, após o crime, em uma unidade de saúde. A identidade dele não foi divulgada. A reportagem tenta confirmar as informações com a Polícia Civil.
Letícia Souza, 22 anos
Letícia cresceu em Ceilândia, na casa de uma tia. Aos 9 anos, a menina passou a morar novamente com a mãe, na Estrutural.
No momento, ela estava desempregada e deixa três filhos, dois com o suspeito do crime. A criança mais nova tem apenas 1 mês de vida.
Feminicídio em 2021
Em 8 de janeiro, o Distrito Federal registrou o primeiro caso de feminicídio no ano. Uma mulher de 37 anos foi morta a facadas em Ceilândia. A vítima é Isabel Ferreira Alves, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais. O homem teria invadido a casa da ex-mulher com uma faca, por volta das 21h.
O segundo caso ocorreu em 12 de dezembro. A professora Marley de Barcelos Dias, de 54 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, Geovane Geraldo Mendes da Cunha, de 44 anos. Ela estava sob medida protetiva. Após o crime, o suspeito tirou a própria vida durante uma perseguição policial.
Como e onde denunciar violência contra mulheres?
Em meio à pandemia ao novo coronavírus, a Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24 horas. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
- Telefone 197
- Telefone 190
- E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
- Whatsapp: (61) 98626-1197
Delegacias – que são consideradas serviço essencial – continuam funcionando normalmente. Trinta delas atendem em regime de plantão ininterrupto de 24h.
O DF tem duas Delegacias Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva à Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
- Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212 - Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
Telefone: (61) 3207-7391 - Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625 - Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
Contato: 3190-5291 - Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal
Contato: 180
G1/DF*