Miguezim de Princesa
I
“Genocida, genocida”,
Gritava o cabeludão,
Quando surgiu um bombado
Com um cacete na mão:
“Vá se lascar, vagabundo,
Teu chefe é o maior ladrão!”.
II
“Fascistas não passarão!”,
Manifestou-se uma artista.
Quando o soldado encostou,
Perguntou para a petista:
- Me responda, e eu não te prendo,
Você sabe o que é fascista?
III - Fascista, eu vou lhe dizer -,
Completou outra menina,
É assim quem manda o povo
Tomar ivermectina,
Que só sabe andar sem máscara
E não quer tomar vacina.
IV - Saia pra lá, cão da China! -,
Disse o Cabo Juvenal,
Com um cipó de boi na mão: - Eu hoje viro o carnal!
E levou quatro de vez
Pra Polícia Federal.
V
Foi um barulho infernal,
Logo após essa prisão,
Os nobres parlamentares
Compuseram uma comissão
E chegaram na PF
Na frente do camburão.
VI
Foi aí que o delegado,
Um educado sujeito,
Chamou para uma conversa
E propôs com muito jeito: - Eu vou liberar vocês,
Escrevam aí “eu aceito”,
Que eu assino também.
Quando for xingar alguém,
Chame a pessoa de impoluta
Ou então feladaputa,
Que o povo entende direito!