Paralisação afeta manutenção de 12 unidades de saúde. Secretaria diz trabalhar para quitar a dívida e diz prever que pagamento ocorra até o final da semana.
Faxineiros de hospitais públicos do Distrito Federal cruzaram os braços nesta terça-feira (14) para protestar contra o atraso no pagamento dos salários, que deveriam ter sido feitos na última quarta-feira (8), quinto dia útil do mês. Segundo o Sindiserviços, são cerca de 1,5 mil trabalhadores nesta situação. Eles recebem R$ 1.121,33 por mês, além de tíquete-alimentação de R$ 29,50 por dia. A jornada de trabalho é de oito horas por dia ou de 12 horas para cada 36 horas de descanso.
O G1 procurou a Ipanema, contratada pelo governo local para prestar o serviço, mas foi informada de que a responsável pelo assunto – identificada como Mércia – está próxima ao horário de almoço e por isso não pode atender. A telefonista também afirmou que ela não tem outros meios de contato. A previsão é de que ela esteja disponível às 14h.
A reportagem não conseguiu contato com a Dinâmica. A Secretaria de Saúde disse trabalhar para quitar a dívida e estar aguardando dotação orçamentária para realizar o pagamento. O valor não foi informado. “A previsão é que o pagamento seja realizado até o fim da semana.”
Com a greve, a limpeza dos hospitais regionais de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, São Sebastião, Planaltina, Paranoá, Sobradinho e Asa Norte está afetada. Também há prejuízo à conservação do Hospital Materno Infantil, ao posto de saúde de São Sebastião, ao Hemocentro e à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs).
“Houve atraso em janeiro, fevereiro, maio e julho”, disse o sindicato em nota. “Até o momento, nem as empresas ou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-DF) – responsável pelos contratos, apresentaram uma solução imediata para o pagamento dos trabalhadores.”
Durante a greve, os faxineiros informaram que vão manter a limpeza e higienização das emergências nas unidades hospitalares. De acordo com o Sindiserviços, as empresas e o GDF foram avisados sobre a paralisação com 72 horas de antecedência.