Ele é atual diretor da BB Consórcios. O presidente André Brandão renunciou ao cargo nesta quinta-feira (18/3)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não esperou muito para indicar um substituto ao comando do Banco do Brasil. Fausto de Andrade Ribeiro, 52 anos, atual diretor da BB Consórcios, foi indicado para o lugar de André Brandão, que renunciou ao cargo nesta quinta-feira (18/3).
Ribeiro tem especialização em finanças internacionais e pós-graduação pela George Washington University, e foi indicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Ele comanda a subsidiária do BB desde setembro de 2020 e é funcionário de carreira do banco.
“Informamos, considerando o que dispõem os artigos 18, § 2º, inciso I, 24, inciso I, e 34, § 5, inciso IV do Estatuto do Banco do Brasil SA, que, em razão da renúncia, nesta data, do Sr. André Guilherme Brandão dos cargos de integrante do Conselho de Administração e de Presidente do Banco, será encaminhado para análise do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade da Companhia, para o preenchimento das respectivas vagas, o nome do Sr. Fausto de Andrade Ribeiro”, diz nota do Ministério da Economia.
Fausto de Andrade Ribeiro foi gerente executivo do banco por quase quatro anos. Atuou na área de canais de terceiros, como correspondentes bancários, banco postal, redes compartilhadas e Banco 24 horas.
Saída de Brandão
Desde janeiro, a saída de Brandão é esperada. A instituição emitiu um fato relevante informando que a renúncia foi aceita pelo presidente da República. Brandão permanecerá no cargo até o dia 1º de abril.
“O Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. André Guilherme Brandão entregou, nesta data, ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, e ao Ilmo. Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Lima Magalhães, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de 01 de abril de 2021”, diz texto divulgado pelo BB.
Paulo Guedes ainda tentou reverter a saída de André Brandão do cargo. Após reação negativa do anúncio de fechamento de 361 agências do banco, o presidente Jair Bolsonaro teria decidido demitir o executivo.
Brandão saiu do HSBC, onde estava desde 2003, para substituir Rubem Novaes, que deixou a presidência da instituição em setembro. Quando pediu demissão, em julho, o BB afirmou que a causa era o entendimento de que o banco “precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.
Fechamento de agências
Um dos fatores que pode ter contribuído para saída de Brandão foi o anúncio de reformulação feito pela instituição financeira em janeiro. Em comunicado, o BB afirmou ter aberto programa de demissão voluntária (PDV) e que encerraria a atividade em 361 unidades, entre postos de atendimento, escritórios e agências.
O PDV do Banco do Brasil previu demissão de 5 mil colaboradores. Do total de unidades que ficarão inoperantes, 112 são agências e 242 são postos de atendimento. A expectativa é de que futuramente as agências passem a funcionar como postos de atendimento.
Embora não tenha agradado ao Palácio do Planalto, a reestruturação do banco foi bem recebida por investidores e pela própria equipe econômica do governo, já que indicava reposicionamento da instituição com enfoque no digital. (Metrópoles)