Covid-19: Brasil tem 18.859 mortes e 291.579 casos confirmados, diz governo Baz Ratner/Reuters - 6.5.2020
Pesquisadores da Ensp (Escola Nacional de Saúde Pública), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificaram as principais fake news (notícias falsas) relacionadas à pandemia do novo coronavírus. A pesquisa foi elabora com base em denúncias encaminhadas para o aplicativo “Eu Fiscalizo”, entre os meses de março e maio, e dividida em duas etapas.
Na primeira, de 17 de março a 10 de abril, os dados revelaram que 65% das informações falsas que circularam no período apresentavam métodos caseiros para prevenir a covid-19. Entretanto, vale ressaltar, ainda não há comprovação científica que justifique métodos que não sejam aqueles indicados por autoridades de saúde.
Logo em seguida, com 20%, estão os métodos caseiros que teriam o potencial de “curar” a doença. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), embora exista um esforço global na busca por um medicamento específico, o tratamento atual consiste apenas na administração de remédios para amenizar os sintomas e, quando necessário, o acompanhamento por meio de hospitalização, seja em enfermarias, para casos leves e moderados, ou UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), em quadros mais graves.
Já 5,7% estão relacionadas a golpes bancários, 5% citam projetos falsos sobre arrecadações de dinheiro para instituições de pesquisa e, por fim, 4,3% são referentes ao novo coronavírus “como estratégia política”.
Em relação ao último item, no mês passado, a OMS fez um pronunciamento afirmando que o SARS-CoV-2 não foi criado em laboratório. De acordo com cientistas do Scripps Research, centro de pesquisa norte-americano sem fins lucrativos, o novo coronavírus tem origem natural.
Os pesquisadores analisaram o genoma (o material genético) do vírus e concluíram que “não há evidências de que o vírus tenha sido produzido ou manipulado sinteticamente”. As informações foram publicadas pela revista Natural Medicine.
Parte das fake news são compartilhadas pelo WhatsApp Fabiano Do Anaral / CP Memória
Na segunda fase do estudo divulgado pela Fiocruz, que corresponde ao período entre 11 de abril e 13 de maio, foi observado um crescimento no volume de fake news questionando a origem do agente responsável pela infecção respiratória covid-19: o número saltou de 4,3% para 24,6%, de uma etapa para outra.