Quase um mês após o início dos testes sem cobrança de passagem, chamada operação branca, do Expresso DF Sul na região do Gama, moradores de Santa Maria ainda não tem previsão de receber os ônibus articulados. A promessa do Governo do Distrito Federal era de que no início do próximo mês os testes iriam começar na cidade, mas obras atrasadas atrapalharam os planos. O trecho entre Santa Maria e Catetinho dependem de ajustes finais para a circulação dos veículos.
De acordo com a Secretaria de Transportes, embora as obras estejam na fase final, ainda não há uma data da conclusão. Para o Departamento de Estrada de Rodagem (DER-DF), a previsão para a conclusão total é no final de maio. Enquanto isso, moradores enfrentam ônibus lotados, como Fernanda Soares, 24 anos, que depende do coletivo para ir ao trabalho. “Mesmo sendo novos, os ônibus não estão suprindo a necessidade da cidade”, conta.
Nas obras, que estão atrasadas em quase um ano, ainda faltam 10% para serem concluídos. Segundo o DER, o principal problema está nos trechos de Santa Maria, na altura do antigo posto da Polícia Rodoviária Federal e na estação Park Way, próxima à floricultura. O atraso nas obras está ligado com a remoção e a instalação da nova antena de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A falta de sinalização é outro problema que está sendo solucionado. Placas de identificação da via exclusiva foram colocadas e radares foram instalados em alguns trechos dos 31 quilômetros de percurso entre a rodoviária do Plano Piloto e Gama.
De acordo com o governo do Distrito Federal, o modelo de transporte só funcionará totalmente, circulando 24 horas por dia e com cobrança de tarifas integradas, após a conscientização e treinamento dos motoristas dos ônibus e carros que circulam próximo à faixa exclusiva. No corredor, somente o ônibus do Expresso DF poderá circular, diferente de outras vias que também circulam táxis, vans escolar e carro de polícia.
A Secretaria de Transporte iniciou, na semana passada, uma campanha de conscientização dos motoristas para os perigos em transitar pela faixa exclusiva. “A campanha é para que os motoristas que trafegarem junto ao ônibus articulado saibam do risco que ele estão correndo andando na frente de um veículos que pesa cerca de 35 toneladas a 60 km/h e percorre 100 metros antes de parar totalmente”, explicou o secretário de Transporte, José Walter Vazquez.
Mesmo com a campanha, motoristas de carros e caminhões invadem a pista quando tem alguma retenção na via ou para realizar uma ultrapassagem.
Os testes são para treinar e avaliar o desempenho do motorista, a proximidade do veículo na plataforma de embarque e desembarque, as frenagens, os desníveis da pista, os viadutos, ou seja, uma série de itens para garantir o conforto e segurança do usuário.