A modelo Flávia Tamayo deixou o presídio de Cariacica, no Espírito Santo, e foi transferida para o Distrito Federal nesta sexta-feira (18). Ex-capa da revista masculina Playboy, ela é suspeita de integrar uma organização criminosa de garotas de programa de luxo que atuavam no tráfico de drogas na capital.
Flávia foi presa em julho, em um hotel no Espírito Santo, em uma operação da Polícia Civil do DF. Os investigadores afirmam que ela cobrava entre R$ 500 e 1 mil por programa, regado a cocaína e haxixe.
Na capital, Flávia não ficará em um presídio, mas terá de usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi da 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF que, na semana passada, concedeu um habeas corpus à modelo.
Segundo a determinação, a prisão preventiva da suspeita pode ser decretada novamente “na hipótese de descumprimento das medidas cautelares, bem como para garantir da instrução criminal e da aplicação da lei penal […]”.
Desde a concessão do habeas corpus, a defesa da modelo aguardava a transferência, que ocorreu após o aval da Vara de Execuções Penais do DF. À ocasião, os advogados afirmaram que a Justiça” entendeu não haver motivo para manutenção prisão preventiva de Flávia Tamayo e por unanimidade decidiram restabelecer a liberdade de Flávia”.
“A defesa acredita na justiça, que mais uma vez decidiu de modo exemplar pela concessão da ordem.”
Acionados pelo G1 nesta sexta, os advogados de Flávia não haviam se manifestado até a última atualização desta reportagem.
Prisão
Flávia é conhecida por ter sido capa de revistas no Brasil e em Portugal e por ter estrelado filmes eróticos. Segundo a Polícia Civil, o grupo do qual ela fazia parte atua em venda e distribuição de drogas, principalmente sintéticas e cocaína, para clientes de alto poder aquisitivo no DF.
“Ela tinha uma agenda muito cheia e não tinha um local certo, viajava o Brasil. Um dia antes da operação, ela foi para Florianópolis”, disse à época o delegado Ricardo Oliveira, da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.