Há casos confirmados desta mutação em ao menos outras 24 nações. Infectado era viajante que desembarcou no país oriundo da África do Sul em 22 de novembro.
Os Estados Unidos registraram, nesta quarta-feira (1º), o primeiro caso de Covid-19 ligado à variante ômicron do coronavírus, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Além dos EUA, há casos confirmados desta mutação – identificada pela primeira vez na África do Sul -, em ao menos outras 24 nações.
Autoridades sanitárias da Califórnia disseram que a nova variante do vírus foi identificada em um paciente do estado, que está em isolamento.
“O indivíduo era um viajante que voltou da África do Sul em 22 de novembro de 2021”, disse o CDC em comunicado.
Anthony Fauci, conselheiro da força-tarefa da Casa Branca no combate ao coronavírus, disse em entrevista coletiva que o primeiro infectado recebeu duas doses da vacina e apresenta sintomas leves.
Nenhuma das atuais vacinas contra a Covid-19 evita 100% a infecção e a transmissão. No entanto, as chances de o vacinado se infectar e transmitir são menores – e de desenvolver uma doença grave são menores ainda.
O que se sabe sobre a variante?
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.
De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021, na África do Sul.
Na terça (30), autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Europa uma semana antes do que se acreditava antes, em 9 de novembro. O primeiro caso até então havia sido identificado em 26 de novembro, na Bélgica.
Dobro de mutações
A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta. Veja na ILUSTRAÇÃO acima.
Sintomas leves
Um funcionário da OMS disse, nesta quarta-feira (1º), que informações preliminares sugerem que os casos da variante ômicron estão ligados a sintomas leves da Covid-19. A declaração foi feita em entrevista à agência Reuters, de forma não oficial, e ele não foi identificado.
O relato deste funcionário acompanha a informação dada, durante o fim de semana, pela médica sul-africana Angelique Coetzee, que fez o primeiro alerta sobre a ômicron. Ela disse que notou um aumento de pessoas jovens e saudáveis com sinais de fadiga em seu consultório.
Já a organização diz, oficialmente por sua líder técnica para a Covid-19, Maria van Kerkhove, que espera ainda ter mais informações sobre a transmissibilidade da nova variante ômicron do coronavírus “dentro de dias”. Inicialmente a OMS disse que respostas poderiam levar semanas para chegar.