Ativista paquistanesa exigiu das potências globais, regionais e locais um cessar-fogo imediato na região. Neste domingo (15), o grupo extremista chegou aos arredores de Cabul e cercou a capital afegã.
Por G1
Horas depois de o grupo extremista Talibã cercar a capital do Afeganistão, Cabul, a ativista educacional Malala Yousafzai, ganhadora do Nobel da Paz, usou as redes sociais para pedir ajuda das potências globais neste domingo (15). Ela expressou sua preocupação com as mulheres, minorias, ativistas de direitos humanos.
“Assistimos em completo choque enquanto o Talibã assume o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com mulheres, minorias e defensores dos direitos humanos. Poderes globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis”, escreveu a ativista.
Malala ficou conhecida no mundo inteiro por defender a educação das mulheres no Paquistão, quando, em 2013, foi baleada na cabeça por talibãs a caminho da escola. A bala entrou pelo olho esquerdo, explodiu ossos do crânio, viajou 45 centímetros até parar no ombro
Após saber do ocorrido com Malala, o governo britânico mandou um avião buscá-la no Paquistão, ela passou por diversas cirurgias e se recuperou.
A luta da paquistanesa em nome do conhecimento deu a ela o Nobel da Paz em 2014, aos 17 anos, a mais jovem da história. Sua paixão pelos estudos a levou a uma das universidades de maior prestígio do mundo, Oxford, na Inglaterra, onde se formou em filosofia, política e economia em 2020.