Ilustração/Reprodução
Miguel Lucena
Se no namoro presencial os enganos são frequentes, imagine no virtual, a cara dos tempos atuais: superficiais e fúteis. Uma dancinha pra cá, um emoji pra lá, um nudes para acolá, os casais da Internet já acham que se conhecem profundamente, abrindo espaço para golpes dos mais sabidos.
-Ai, meu amor, eu estou com Covid-19, xincungunha e zica, espinhela caída e bico de papagaio. Esqueci de pagar meu plano de saúde, e agora?
Corre o “amor” para o banco e socorre o amado.
-Ai, amor, minha mãe deu um troço (mostra a velha espumando pelo canto da boca). Me acuda com algum!
Lá vai o amor para o banco de novo e socorre o amado.
-Ai, amore mio, fiz um investimento que está demorando a render, me adiante algum que eu te pago em dobro quando sair o rendimento.
Quando o amor dá fé, o amado avisa que vai lutar no Priquirdistão e some no oco do mundo.