Tradicional instituição brasiliense é referência no ensino das técnicas do gênero musical e contribuiu com a formação de nomes com destaque local e nacional. Alunos, diretores e professores comemoram o reconhecimento
Fachada do Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, onde ocorrem aulas da escola – (crédito: Carlos Moura/CB/D.A Press)
A Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello — com atividades no Clube do Choro de Brasília — conquistou um feito no último fim de semana: o Prêmio Profissionais da Música (PPM) de 2021. A honraria é uma das mais importantes do Brasil e destaca a instituição como a melhor do país nesse ramo.
Para o diretor cultural da escola, Henrique Neto, trabalhar e dividir o prêmio com os alunos representou um momento especial. “É um prêmio grande, com várias categorias: são mais de 95”, conta. “Primeiro, há um critério de seleção por júri popular e, depois, por um júri técnico. E quem ganhou foi a Escola Brasileira de Choro. As pessoas entram com os projetos (individuais), mas o nosso foi coletivo.”
As aulas e os ensaios ocorrem nas instalações do clube, onde há salas de aula em uma área anexa ao Espaço Cultural do Choro — prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no Eixo Monumental.
Antes da pandemia da covid-19, a escola recebia mais de 1 mil alunos. Depois de um longo período com atividades suspensas, as matrículas para quem quisesse estudar em 2021 reabriram em dezembro. As modalidades incluem cursos de diversos instrumentos, como violão, flauta, cavaquinho, gaita, pandeiro, e percussão.
Inauguração
Desde a criação, em 1998, a primeira Escola Choro do Brasil se transformou em um dos principais centros de formação de instrumentistas do país. Vários se destacaram na cena cultural nacional e da cidade, individualmente ou como integrantes de grupos. Alguns, posteriormente, tornaram-se professores da instituição.
O choro é considerado um gênero musical que expressa de forma rica e autêntica a música instrumental brasileira. A escola trabalha com a formação de músicos para divulgar e manter vivo o legado de mestres como Pixinguinha, Garoto, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Pernambuco do Pandeiro.
Pioneiros na metodologia, os integrantes da escola lançaram, em 2017, o livro Manual do choro, que trata dos aspectos mais importantes do gênero: ritmo, harmonia, variações, improvisações, entre outros. (CB)