Segundo governo, pronto-socorro do Hran também atenderá infectados. Na manhã desta quarta-feira (30), Secretaria de Saúde admitiu 2º onda em Brasília e prometeu abrir novos leitos de UTI até janeiro.
Por G1 DF
O governo do Distrito Federal anunciou, nesta quarta-feira (30), que o pronto-socorro de clínica médica do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) passará a atender exclusivamente pacientes infectados pelo novo coronavírus, a partir de janeiro. Em entrevista, no Palácio do Buriti, a Secretaria de Saúde admitiu uma segunda onda da pandemia no DF.
Para enfrentar o problema, o governo divulgou um Plano de Mobilização de Leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A previsão é de que sejam abertas, de modo gradual, mais 151 vagas para pacientes adultos – que já estariam prontos para receber pacientes – e outras 79, em fase de contratação, totalizando 230 leitos.
A mudança no atendimento da emergência, em Samambaia, passa a valer a partir da primeira fase de ativação de leitos Covid na rede pública, conforme o documento (saiba mais abaixo).
“No total, estão previstos 27 leitos no hospital, sendo que os últimos sete dependem de contratação de recursos humanos para funcionar”, explica a pasta, que prevê que eles entrem em funcionamento em 20 de janeiro de 2021.
“A emergência obstétrica e o serviço de cirurgia geral do HRSam continuam atendendo pacientes com ou sem o novo coronavírus”, diz o GDF.
No boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, no final da tarde desta quarta-feira, Samambaia totalizava 15.016 casos de Covid-19 e 330 mortes. A região é a quarta mais atingida pela doença no DF.
Outros hospitais públicos do DF
O plano do GDF para enfrentar uma possível segunda onda da pandemia envolve ainda leitos de UTI no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), no Hospital Regional do Guará (Hrgu) e no Hospital de Base. Segundo a Secretaria de Saúde, as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) também devem adequar os seus espaços (veja abaixo).
- Atendimento no Hran
Conforme o GDF, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que foi a unidade-referência no atendimento a pacientes com Covid-19 no início da pandemia, “a partir de agora estará voltado ao atendimento de pacientes portadores do coronavírus em todos os prontos-socorros da unidade”.
Conforme o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanches, “o Hran tem sua experiência, expertise e desenho que permitem ter a emergência para atender Covid, não impactando o atendimento para pacientes não Covid em algumas áreas, como cirurgias geral e plástica e a emergência de queimados”.
Sanches explicou que o Hran possui 60 leitos de observação, no térreo, que atendem o perfil de pacientes com Covid. “Serão mobilizados outros 52 leitos de enfermaria, seis leitos de UCI e 20 de UTI”, disse o secretário-adjunto da pasta.
- Hospital Regional do Guará
O Hospital Regional do Guará (HRGu) será o único a não internar pacientes com coronavírus. Segundo o governo, “a unidade está se tornando referência na internação de pacientes em cuidados prolongados nas suas enfermarias”.
O HRGu deve manter um espaço para infectados na Emergência, para atendimento inicial. “Depois, os doentes diagnosticados devem ser direcionados para outras unidades”, explica o governo.
- Hospital de Base
O Hospital de Base, que é referência em atendimentos de alta complexidade, “ficará voltado ao atendimento de pacientes portadores de Covid-19 apenas com perfil de atendimento de alta complexidade”, aponta a Secretaria de Saúde.
“As demais unidades devem adequar os seus espaços, com fluxos validados pelos Núcleos de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH), para acolhimento e atendimento inicial em Clínica Médica de pacientes portadores de enfermidades Covid ou não Covid”, diz o GDF.
- Upas
Ainda de acordo com o Plano de Mobilização de Leitos Covid do Distrito Federal, todas as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) devem adequar os seus espaços para que permaneçam, preferencialmente, atendendo pacientes portadores de enfermidades não Covid.
No entanto, “elas devem ter uma pequena ala Covid para um primeiro acolhimento e atendimento ao paciente, com posterior direcionamento, sob prioridade da Central de Regulação de Internação Hospitalar por se tratar de unidade de atendimento pré-hospitalar fixo, a uma unidade de internação”, diz o GDF.
Cronograma para implementação de novos leitos para Covid-19 no DF
- Fase de ativação 1: mobilização de 20 leitos de UTI do Hospital Regional de Samambaia.
- Fase de ativação 2 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): Mobilização de 40 leitos de UTI do Hospital Regional de Santa Maria.
- Fase de ativação 3 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): mobilização de 20 leitos de UTI do Hospital Regional da Asa Norte.
- Fase de ativação 4 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): mobilização de 20 leitos de UTI do Hospital Regional do Gama.
- Fase de ativação 5 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): mobilização de 10 leitos de UTI do Hospital Regional de Ceilândia.
- Fase de ativação 6 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): mobilização de 18 leitos de UTI do Hospital Universitário de Brasília.
- Fase de ativação 7 (contínua a anterior a depender da taxa de ocupação): mobilização de 23 leitos de UTI dos Hospitais contratados (Daher, HOME e São Francisco).