quinta-feira, 11/09/25
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Em primeiro encontro diplomático entre EUA e China da era Biden, países fazem acusações e repreensões

Americanos disseram que têm ‘preocupações profundas’ sobre as ações chinesas em Xinjiang, Hong Kong e Taiwan. Diplomatas chineses responderam que os EUA estão ‘massacrando’ os negros em seu país e acrescentou que os americanos deveriam cuidar dos próprios assuntos enquanto a China lida com os seus.

Antony Blinken (2º do lado direito) fala com Yang Jiechi (2º do lado esquerdo), chefe da diplomacia chinesa durante encontro no Alasca, em 18 de março de 2021 — Foto: Frederic J. Brown/Pool via Reuters
Antony Blinken (2º do lado direito) fala com Yang Jiechi (2º do lado esquerdo), chefe da diplomacia chinesa durante encontro no Alasca, em 18 de março de 2021 — Foto: Frederic J. Brown/Pool via Reuters

Os principais diplomatas dos Estados Unidos e da China tiveram um primeiro encontro da era Joe Biden na quinta-feira (18) e o encontro teve um tom de bate-boca.

Os americanos afirmaram que as ações chinesas ameaçam a ordem global e prometeram que Washington irá defender seus aliados, e os chineses disseram que os americanos precisam abordar questões arraigadas em sua sociedade, como o racismo, e acusaram seus interlocutores de agirem de forma condescendente.

“Nós não buscamos conflito, mas saudamos a competição dura, e iremos sempre defender nossos princípios, nosso povo, e nossos amigos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, no início das negociações com seus equivalentes chineses no Alasca.

O secretário de Estado, Antony Blinken, falou ao principal diplomata chinês, Yang Jiechi, e ao conselheiro de Estado Wang Yi em Ancorage que a parte norte-americana discutiria “preocupações profundas” sobre as ações chinesas em Xinjiang, Hong Kong e Taiwan, e também os ataques cibernéticos aos Estados Unidos e a coerção econômica a seus aliados.

“Cada uma dessas ações ameaça a ordem baseada em regras que mantém a estabilidade global”, disse.

Em uma resposta longa à declaração de abertura dos Estados Unidos, Yang contra-atacou acusando os Estados Unidos de utilizarem seu poderio militar e supremacia financeira para pressionar países e de abusar da segurança nacional para ameaçar o futuro do comércio internacional.

Yang disse que Xinjiang, Hong Kong e Taiwan são partes inseparáveis do território chinês e que a China se opõe firmemente à interferência dos EUA em seus assuntos internos.

O diplomata chinês afirmou que os direitos humanos nos Estados Unidos estão em um ponto baixo, com os negros do país sendo “massacrados”, e acrescentou que os EUA deveriam cuidar dos próprios assuntos enquanto a China lida com os seus.

Yang também disse que é necessário abandonar uma “mentalidade de Guerra Fria”, e o confronto, e completou:

“A maneira na qual enxergamos a relação com os Estados Unidos é como o presidente Xi Jinping já disse, que esperamos não ver confrontos, conflitos, e sim respeito mútuo e cooperação com os Estados Unidos para que todos saiam ganhando”. (G1)

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