Nomeação dos servidores para as forças do DF está prevista para o dia 29 de dezembro; governador comemorou avanços e números da segurança

O governador do Distrito Federal (DF) Ibaneis Rocha (MDB) reuniu 2.158 novos policiais civis, militares, penais e bombeiros, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (12/12), para a cerimônia de convocação dos servidores, que têm nomeação prevista para 29 de dezembro de 2025.
“Eu dizia que a minha primeira missão como governador seria unificar as forças de segurança do DF. E, graças a Deus, eu chego e vejo todos unidos, unidos pela nossa sociedade. Isso complementa um trabalho que faço desde 2019 na recomposição das forças de segurança da nossa capital”, afirmou Ibaneis.
Durante o ato, o governador defendeu a valorização das forças do DF. “Temos as melhores forças de segurança desse país, que combatem o crime diuturnamente. E que deixam a sociedade mais em paz. Zerar a criminologia ninguém consegue, mas os índices das nossas polícias são os melhores da série histórica”, pontuou.
A vice-governadora Celina Leão (PP) destacou que até um passado recente as Forças de Segurança do DF enfrentaram diversos problemas, como operações tartaruga, divisão entre as forças. Segundo ela, o governo mudou essa história valorizando e unindo as forças. “Não adianta fazer concurso público sem nomear”, argumentou. “Cuidem das pessoas com carinho. Guardem essa farda com respeito”, recomendou.
Segundo Ibaneis, o governo investe constantemente na melhoria da condição de trabalho das forças de segurança. “Melhoramos as vidas de policiais e bombeiros que dão vida pela população do DF”, completou. O governador pretende continuar trabalhando pela paridade salarial com a Polícia Federal (PF) e a revisão do Código Penal, a começar pelas audiências de custódia.
“Quero deixar bem claro: eu tenho compromisso com a Segurança do DF”, cravou. De acordo com Ibaneis, a audiência de custódia se tornou equivocada, por falta de instrumentos para se verificar a reincidência. “Nós tivemos um criminoso que foi preso três vezes pelo mesmo crime. E no final da noite ele estava dormindo na casa dele, enquanto o policial ainda estava na rua”, contou.
A proposta inicial de reajuste das forças do DF enviada para o Governo Federal previa a paridade com a PF. Mas o Palácio do Planalto reduziu o percentual de aumento. “A luta pela paridade é histórica desse pessoal, que já teve isso. Agora precisam ter o reconhecimento, afinal de contas são a melhor força de segurança do país, cuidam de todas as autoridades, de todas as embaixadas além da população de todos os congressistas e precisam ser muito bem preparados (…) Nós precisamos de uma união muito forte entre Congresso, Poder Executivo, Poder Judiciário e Ministério Público para em conjunto a gente encontrar a saída para diminuir a criminalidade”, argumentou.
Segundo o Governo do DF (GDF), serão nomeados 1.239 praças da Polícia Militar (PMDF), 680 agentes da Polícia Civil (PCDF), 89 praças do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e 150 policiais penais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF). Durante a cerimônia, Ibaneis também assinou uma nova redução de interstício para promoções da PMDF e CBMDF.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destacou a importância das nomeações e da recomposição salarial das Forças de Segurança. Ao longo do governo Ibaneis, foram mais de 5 mil policiais militares e 2 mil agentes da PCDF. “Um reajuste absolutamente ousado, mas absolutamente merecido”, cravou. De acordo com Avelar, para 2026, a pasta planeja lançar novos concursos para continuar reforçando as forças.
O diretor-geral da PCDF, José Weriçk, destacou a importância da recomposição salarial das forças de segurança junto com as nomeações dos novos servidores da Segurança Pública. “A segurança pública tem que ser tratada com responsabilidade. E responsabilidade é isso. Nomeações, condições de trabalho adequadas, padrão de saúde mental para todos e investimentos em todos os segmentos da Segurança Pública”, ressaltou.
Para a comandante-geral da PMDF, a coronel Ana Habka, a convocação renova as forças para a garantia da segurança nas ruas. “A corporação entrega qualidade à nossa sociedade, porque foi valorizada. É um número de policiais importantíssimo. Sem as contratações teríamos apenas 5 mil policiais para cuidar de todo DF”, pontuou.
Os convocados passarão pelo curso de formação da PM. “Esses policiais que entram agora são policiais combatentes. Então, realmente, são aqueles da rua fazem a segurança diariamente. Com isso a gente consegue fazer o remanejamento dos policiais mais preparados, mais antigos e compor a corporação”, explicou.
Para o comando-geral do CBMDF, Moisés Alves Barcelos, o investimento contínuo do GDF nas Forças de Segurança fez com que o DF conquistasse os melhores indicadores de segurança pública da história.
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson de Sousa Teles, o investimento na Polícia Penal não é apenas reforçar a segurança na luta contra o ameaça das facções criminosas dentro dos presídios, mas também fortalecer a capacidade de ressocialização do sistema penitenciário.
Os futuros policiais do DF
Raysson Nogueira, de 29 anos, faz parte dos convocados para a PCDF. “É uma emoção muito grande. Tantos anos de luta e é batalha. A prova foi em 2021. Só agradeço. Quero ser policial civil para defender a sociedade e combater a criminalidade. É um prazer imenso. Meu pai era policial militar. Desde de criança sonhei em ser policial. Ele defendeu a sociedade e quero fazer o mesmo”, afirmou.
Wellen Mota, de 32 anos, é uma das convocadas para a Polícia Penal. A expectativa da jovem para a nova jornada é alta. “A gente fez a prova 2022. E o curso de fornecedor em 2023. Será um trabalho importante para ajudar na segurança da sociedade. E pretendo contribuir da melhor forma possível, fazendo curso de qualificação”, comentou.
Após meses de negociação que envolveu o GDF, o governo federal e o Congresso Nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou em 1º de dezembro a sanção do projeto de lei que inclui no orçamento o custeio dos novos servidores.
A sanção era a última etapa exigida para a nomeação dos novos profissionais das forças de segurança da capital do país. Como a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a Polícia Militar (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) são custeados pela União, então qualquer nomeação ou reajuste salarial precisa de aprovação do Palácio do Planalto e do Congresso.
Ao lado das nomeações, Lula assinou a medida provisória que autoriza o reajuste salarial dos policiais civis, militares e bombeiros do DF.
Além das convocações para a PCDF, PMDF e CBMDF, o GDF também reservou recursos para a nomeação de novos policiais penais.


