Ao todo, capital registrou 16.149 mortes no ano passado, 26,6% a mais que em 2019. No sentido contrário, nascimentos caíram 7,27% em Brasília; dados são do IBGE.
O Distrito Federal registrou aumento das mortes de pessoas a partir de 60 anos e redução nos óbitos de jovens em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. Entre os mais velhos, foram 10.897 mortes, com alta de 30,6% em relação a 2019. Já as vítimas abaixo de 20 anossomaram 656, 22,9% a menos, na mesma comparação.
Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última semana. De acordo com o levantamento, ao todo, a capital registrou 16.149 mortes no ano passado. São 3.397 óbitos a mais que em 2019, com alta de 26,6%.
No sentido contrário, os nascimentos tiveram queda na capital. Em 2020, foram 49.237 registros de nascidos vivos, 7,27% a menos que no ano anterior (veja detalhes abaixo).
Mortes no DF
De acordo com o levantamento, 96,2%das mortes registradas na capital no ano passado tiveram causa natural, o que inclui os óbitos por Covid-19. O aumento é de 29% em relação a 2019.
Apenas 3,19% das mortes tiveram causas não naturais, como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais, entre outras.
O número representa queda de 25,2% em relação ao ano anterior. Segundo o IBGE, no ano passado, o DF teve a menor proporção de mortes violentas do país.
Entre as vítimas, 55,9% eram homens e 44,1%, mulheres. Do total, 81% morreram em hospitais. Outras 2.148 pessoas faleceram em casa (13,3%) e 296, em vias públicas (1,83%).
Nascimentos no DF
No ano passado, nasceram mais meninos do que meninas na capital. Segundo o levantamento do IBGE, foram 20.042 bebês do sexo masculino, e 19.132 do sexo feminino.
Do total de crianças registradas na capital em 2020, 79,5% eram filhas de mães que moravam no DF. Ou seja, um em cada cinco bebês registrados em Brasília era de famílias que não viviam na mesma unidade da federação.
Entre os partos, 962 foram de gêmeos e apenas nove, de três ou mais bebês. Com relação às mães, a maior parte das mulheres que tiveram filhos no ano passado no DF tinham entre 30 a 34 anos. Foram 9.153, o que representa 23,3% do total.
Segundo a pesquisa do IBGE, em 2020, o DF teve a menor proporção de mulheres que tiveram filhos com menos de 15 anos (0,29%) e as maiores proporções de mulheres que deram à luz nas faixas etárias de 35 a 39 anos (18,27%) e 40 a 44 anos (5,12%).
Casamentos entre homens e mulheres
A pesquisa Estatísticas do Registro Civil também traz dados sobre casamentos civis celebrados no ano passado em Brasília. Foram 15.186 uniões, o que representa queda de 25,6% em relação a 2019.
A taxa de nupcialidade, que indica o número de casamentos pela população em idade de se casar (15 anos ou mais), foi de 6,2 a cada 1 mil residentes. Segundo o IBGE, o DF tem o segundo maior índice entre as unidades da federação, atrás apenas de Rondônia, que tem 7,6 por 1 mil habitantes.
No ano passado, a maioria dos casamentos entre homens e mulheres foram entre pessoas que eram solteiras. No entanto, a proporção de divorciados que entraram em novas uniões foi maior entre homens (veja tabela abaixo).
Estado civil anterior das pessoas que se casaram no DF, em 2020
Gênero | Solteiro (a) | Divorciado (a) | Viúvo (a) |
Homem | 78,51% | 20,47% | 1,02% |
Mulher | 82,51% | 16,59% | 0,9% |
Fonte: IBGE
Casamentos homoafetivos
Ainda de acordo com o IBGE, os casamentos homoafetivos também registraram queda no ano passado no DF. Foram 161, sendo 98 entre mulheres e 63 entre homens.
Nas uniões entre duas pessoas do sexo masculino, um dos cônjuges tinha, em média, de 40 a 44 anos, e o segundo, de 25 a 29 anos. Já entre as mulheres, uma das noivas possuía idade média entre 30 e 34 anos, e a outra, de 25 a 29 anos. (g1 DF)