domingo, 08/06/25
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Eleições fazem aliados de Lula discutirem possível sucessão de Haddad na Fazenda

Congresso e integrantes do governo defendem a permanência de Haddad no comando da equipe econômica

Foto: Washington Costa/MF

 

CATIA SEABRA, ADRIANA FERNANDES E IDIANA TOMAZELLI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

 

As discussões dentro do PT para que Fernando Haddad concorra nas próximas eleições fizeram com que aliados do presidente Lula (PT) antecipassem conversas sobre a eventual sucessão do ministro da Fazenda, caso ele deixe o cargo em abril.

Hoje, Congresso e integrantes do governo defendem a permanência de Haddad no comando da equipe econômica. O próprio ministro afirma publicamente que não gostaria de disputar as eleições. Uma saída, no entanto, entrou no radar do governo conforme crescem argumentos em favor do lançamento de nomes fortes para as próximas eleições.

Auxiliares de Lula insistem na necessidade de um palanque forte em São Paulo, na tentativa de garantir estrutura para a campanha do presidente à reeleição. Os nomes de Haddad e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) surgem como principais opções para concorrer ao governo paulista e ao Senado.

A disputa pelos dois cargos é considerada difícil, mas muitos petistas apontam que a dupla poderia ter um desempenho forte o suficiente para impulsionar a candidatura de Lula no estado, mesmo que ambos sejam derrotados.

Uma articulação nesse sentido, portanto, exigiria um apelo do presidente para que os dois fossem “sacrificados” em nome do projeto da reeleição. Em 2022, Haddad obteve 44,7% dos votos para o governo de São Paulo —feito apontado como fundamental para a vitória de Lula contra Jair Bolsonaro (PL).

É nesse cenário que surgiram discussões sobre a possível escolha de um substituto para Haddad. Petistas afirmam que, apesar da resistência, dificilmente o ministro resistiria a um chamado do presidente.

As hipóteses são citadas, em conversas reservadas, por ministros e auxiliares de Lula e de Haddad. As trocas poderiam envolver outro remanejamento na equipe econômica caso a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), saia para disputar o Senado pelo Mato Grosso do Sul.

Um nome que ganhou espaço na bolsa de apostas é o do secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti. Ele poderia ir para o Planejamento, mas alguns conselheiros de Lula apontam que a Fazenda também seria um destino possível.

O presidente demonstra apreço por Moretti e costuma convocá-lo para reuniões no gabinete a fim de ouvir sua opinião e tirar dúvidas. Técnicos do governo o descrevem como um auxiliar de confiança, com relatos de que Lula telefona diretamente para ele.

 

 

 

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