Variação percentual de novos casos da Covid-19 é referente ao período entre 4 e 10 de julho, indica boletim da Codeplan
O Distrito Federal registrou queda de 43,25% na variação percentual de novos casos da Covid-19 entre 4 e 10 de julho deste ano, em comparativo com a semana anterior. O paralelo detalha a diferença entre o número de casos notificados da doença dentro dos dois intervalos. Os dados são do boletim semanal divulgado, nessa terça-feira (12/7), pela Companhia de Desenvolvimento de DF (Codeplan). O índice colocou a capital federal em último lugar no levantamento entre as Unidades da Federação
De acordo com a pesquisa da Codeplan, nas últimas quatro semanas, as seis regiões administrativas do DF que tiveram maior número de casos registrados foram Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Guará e Sobradinho, respectivamente. A área central de Brasília lidera essa expansão, com 10.264 notificações no período.
As regiões que tiveram maior registro de óbitos nas últimas quatro semanas foram: Plano Piloto, Taguatinga, Samambaia, Planaltina, Guará e Gama, respectivamente.
Até o momento, Ceilândia, Taguatinga e Samambaia são, respectivamente, as líderes em quantidade de vítimas da Covid-19, com 1.614, 1.126 e 869 casos.
Até às 17h dessa quinta-feira (14/7), o DF havia registrado 822.798 casos confirmados do novo coronavírus segundo informativo da Secretaria de Saúde (SES-DF). Ainda contabilizou e 11.802 óbitos e taxa de transmissão R(t) de 0,75.
O indicador mostra que um grupo de 100 pessoas é capaz de infectar outras 78. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a taxa de transmissão está acima de 1 significa que a pandemia está avançando. A atualização consta no mais recente boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do DF.
Risco de subnotificação de casos
A chegada da quarta onda da Covid-19 no DF, em junho, trouxe os números para perto do recorde de notificações diárias. Em conversa com o Metrópoles, especialistas apontaram que o registro de casos não corresponde à realidade.
O principal motivo apontado é a subnotificação por causa dos autotestes de Covid-19 vendidos nas farmácias, em que qualquer pessoa pode receber o diagnóstico positivo para a doença sem sair de casa. Esses produtos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 17 de fevereiro.
“Temos dois elementos que favorecem a subnotificação. O primeiro é o autoteste e o segundo é que essa sublinhagem de coronavírus é mais branda, então, muita gente não faz o teste”, explicou o pesquisador do Centro Universitário Iesb e pós-doutor pela Universidade de Brasília (UnB) em ciência do comportamento, Breno Adaid.
Fonte: Metrópoles*