Arnaldo Niskier
da Academia Brasileira de Letras e
Presidente Emérito do CIEE/RJ
O desejo de uma educação de qualidade anima hoje as entidades privadas que se abrigam na Associação Brasileira das Entidades Particulares de Ensino Superior, entidade com 15 anos de atuação nacional e tem a sigla ABMES. O seu presidente é o Professor Celso Niskier, reitor da Unicarioca, que tem tirado notas excelentes nas últimas avaliações do Ministério da Educação. São vários os seus cursos com nota acima de 4.
O assunto qualidade de ensino hoje é tratado especificamente no Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que programou uma série de atividades estritas sobre a matéria.
É certo que o ensino particular hoje tem um movimento de inserção inteligente no tema “Defesa da Qualidade” e o assunto preocupa dirigentes, professores e alunos. Qual desses grupos terá a coragem de minimizar a importância desse estudo? Ao contrário, registra-se um forte movimento em torno desse tipo de valorização.
Ao falar em Brasília, o professor Celso Niskier afirmou que o setor particular de educação conquistou espaço e relevo junto ao Congresso Nacional, além de outros órgãos, como o Conselho Nacional de Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( o sempre respeitado Inep), que nos últimos anos tem ajudado a realizar o Enem, na verdade com muitas e lamentáveis falhas, o que parece levar os seus responsáveis de volta a um modelo antigo, administrado sempre com muita competência e isenção pela Fundação Cesgranrio. Se estava dando certo, por que trocaram para um organismo desarticulado e que perdeu a antiga liderança? Será quase impossível resistir às críticas, que até envolvem questões ideológicas que deveriam estar longe do processo.
O Fórum examina esse assunto com muito carinho, já tendo mobilizado suas atuais 15 entidades, cinco das quais ingressaram em 2023. O último Censo do Ensino Superior (é de 2222) demonstrou que as instituições particulares de ensino superior são responsáveis pela formação de 78% dos universitários brasileiros. É uma riqueza que não se deve abandonar; ao contrário, deve ser amplamente prestigiada, em benefício de novos tempos. Parece que o Ministro da Educação, Camilo Santana, já está devidamente interessado em evoluir nessa matéria, de forma independente e rápida. Estímulos acompanharão e esperamos para breve consequências que possamos dar o devido valor e anunciar os novos tempos.