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Ao defender a criação de um imposto sobre transações digitais nos moldes da antiga CPMF, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o novo tributo “é feio, mas não é tão cruel”.
A proposta é cobrar tributo entre 0,2% e 0,4% sobre transações digitais. Para o ministro, a taxação permitirá a redução de outros impostos, em um contexto de regimes de trabalho mais flexíveis.
“O imposto sobre transações financeiras é feio, mas não é tão cruel. E vai ter que escolher entre algo que seja feio, mas não tão cruel, porque a pandemia revelou que, entre o mundo da CLT e o mundo da assistência social, existem 38 milhões de invisíveis, que são vítimas dos encargos trabalhistas, do excesso de impostos sobre a folha, que perderam a oportunidade de integrar à economia formal por causa disso”, defendeu, em entrevista à Rádio Jovem Pan nessa quarta-feira (15/7).
Porém, a abrangência do novo imposto é um dos itens ainda não decididos pela equipe econômica. O objetivo de Guedes é atingir toda economia digital e o comércio eletrônico, podendo incluir na proposta transações financeiras feitas exclusivamente pela internet e pagamento de boletos.
Guedes quer retomar o plano já discutido no ano passado para reduzir os impostos sobre a folha de pagamento das empresas.