Maria José Rocha Lima
No dia 13 de junho, comemoramos Santo Antônio . O santo é doutor da igreja e viveu entre os séculos XII e XIII. Ficou mundialmente conhecido pelo “refinado senso de justiça, um coração abrasado que o levou a servir aos pobres e desvalidos”.
Dona Terezinha, minha mãe, que completou 90 anos no dia 12 de junho, é uma devota fervorosa de Santo Antônio, desde a infância. Ela desejava visitar a igreja de Santo Antônio da Barra, além da Basílica do Senhor do Bonfim, e nós havíamos esquecido desse seu desejo e compromisso com o insígne português.
Mas, Santo Antônio providenciou: no dia 13 de junho, enviou os seus mensageiros para nos lembrar do compromisso com Santo Antônio: o vizinho seu Orlando e a sua família católica, muito unida pela fé em Deus, pelos ensinamentos de Jesus e devotos de Santo Antônio. A esposa do seu Orlando, Dona Lurdes, ministra da Eucaristia; a sua sogra, que realiza e já realizou muitas missões na igreja; a sua filha e até o netinho Arthur, de 2 anos, cumprem a tarefa de distribuir o terço e o texto com os cânticos.
Depois de Santo Antônio ter reclamado o amor de Dona Terezinha, o encerramento das festividades dos 90 anos foi revisto: planejamos a ida à Igreja de Santo Antônio da Barra.
A igreja, que estava com as portas fechadas, foi aberta para dona Terezinha. De repente, uma consagrada, que parecia estar reorganizando a igreja – Simone – postou-se diante de Dona Terezinha, sem nada saber sobre a celebração dos 90 anos, com uma imagem do santo, e cantou, com uma linda voz: “Bem merecestes ter com amor em vossos braços o Salvador”.
Frei Mário ficou sabendo que ela estava ali para agradecer pelos seus 90 anos e deu-lhe a bênção.
Encerramos os festejos de 90 anos de Dona Terezinha na casa da minha amada amiga Mercedes Amália, uma quase santinha baiana, também nonagenária.E cantamos: “Meu insigne português/oferecer- Vos hoje quero/com todo o meu coração/esse meu voto sincero”.