Na quinta-feira (22), a moeda norte-americana subiu 0,43%, cotada a R$ 5,2123.
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (23), em um dia de recordes nos futuros de ações em Nova York e de leitura mais alta de inflação no Brasil.
Às 11h38, a moeda norte-americana recuava 0,62%, vendida a R$ 5,1800.
Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 0,43%, a R$ 5,2123. Na parcial da semana, acumula alta de 1,89%. No mês, a divisa tem avanço de 4,82%. No ano, acumula alta de 0,48%.
Cenário
A semana vem sendo de volatilidade na moeda, depois de uma forte alta na segunda-feira. Com poucos indicadores internos sendo divulgados, o mercado permanece de olho nos dados lá de fora, como a decisão de política monetária na zona do euro e por dados piores do mercado de trabalho norte-americano – ambos, divulgados na quinta, tendo como pano de fundo um ressurgimento dos receios em torno da Covid-19.
Na agenda local, os investidores avaliam os dados da prévia da inflação, divulgada mais cedo, que apontou alta de 0,72% em julho – a mais alta para o mês desde 2004.
As notícias de Brasília também seguem no radar, com o governo tentando fortalecer apoio no Congresso, mas às custas de menor autonomia do Ministério da Economia de Paulo Guedes – em meio ao pior momento para o presidente Jair Bolsonaro desde o início de seu mandato e a debates ruidosos em torno da polêmica reforma tributária proposta por Guedes.
Bolsonaro confirmou na quinta-feira que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou seu convite e deverá assumir a Casa Civil de seu governo.
“Ao mesmo tempo que a governabilidade melhora no curto prazo, é um risco enorme para o governo no médio prazo”, disse a Rio Bravo em comentário, lembrando que, com o centrão dentro do governo, há risco de mais pressão por emendas parlamentares e para outros gastos.