Moeda norte-americana recuou 0,32%; no acumulado da semana, queda foi de 3,79%.
O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (4), depois de passar a maior parte do dia em alta, tendo como pano de fundo o apetite global por risco diante da confiança na retomada econômica.
A moeda norte-americana caiu 0,32%, a R$ 5,1236. Na mínima da sessão, chegou chegou a R$ 5,1171 e, na máxima, bateu R$ 5,1839. Veja mais cotações. É o menor patamar de fechamento desde 22 de julho (R$ 5,1161).
Na semana, o dólar caiu 3,79%. Na parcial de dezembro, passou a acumular um recuo de 4,17%. No ano, porém, o avanço ainda é de 27,78%.
Cenário local e externo
A moeda brasileira tem a melhor performance entre seus pares emergentes desde 3 de novembro, data da eleição norte-americana, com expectativa de que o presidente recém-eleito, Joe Biden, amplie gastos para turbinar a retomada – o que pode fortalecer um já em curso movimento de compra de ativos emergentes.
“Vemos uma janela de oportunidade para aumento de otimismo em relação aos ativos brasileiros nos próximos meses”, disseram analistas do Barclays em nota.
O JPMorgan projeta que o dólar subirá gradativamente para R$ 5,30 ao fim do segundo trimestre de 2021 e para R$ 5,35 e R$ 5,40 nos trimestres posteriores, taxas mais altas que a prevista para o término de março (R$ 5,15).
Lá fora, sinais de progresso na aprovação de um novo estímulo fiscal nos Estados Unidos ajudaram a manter um maior otimismo dos mercados na retomada da economia global em um ambiente de farta liquidez.
Por aqui, a inflação dos mais pobres acelera alta a 0,95% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) acumula alta de 4,85% no ano e 5,82% nos últimos 12 meses.
Em Brasília, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor de uma tese jurídica que, na prática, viabiliza a reeleição dos atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O foco dos mercados nesta reta final do ano segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as incertezas sobre a aprovação de medidas e reformas estruturais para garantir a saúde das contas públicas.