Demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, promove incerteza política. Nas casas de câmbio, o dólar turístico está a R$ 5,80
Após a decisão do Banco Central de elevar a Selic (taxa básica da economia) em 0,75 pontos percentuais, o dólar abriu esta sexta-feira (19/3) em queda, cotado às 10h a R$ 5,53. Na casa de câmbio, o dólar turístico está sendo negociado a R$ 5,80.
Os acontecimentos dos últimos dias, como o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no Brasil, a saída de André Brandão do comando do Banco do Brasil e as contas públicas do país, no entanto, tendem a puxar a moeda para cima ao longo do dia.
Assim como o ocorrido com a Petrobras, quando o presidente Jair Bolsonaro interferiu no comando da estatal, analistas temem que o mesmo aconteça com o Banco do Brasil.
A saída de Brandão era esperada por parte dos especialistas, uma vez que o demissionário pressionava pela pauta de privatização da empresa e vinha recebendo críticas do presidente pela conduta.
Incertezas
Essas incertezas políticas e econômicas influenciam diretamente na queda do dólar. Para o economista-chefe da Infinity, isso não impacta “somente as viagens de fim de ano para a Disney”.
“Com o dólar controlado, investidores internacionais começam a botar dinheiro no país. Assim, eles geram emprego, renda e introduzem verba na economia. O dólar caindo gera conforto. Não é só besteira de viagem para a Disney. Gasolina, gás, commodities e uma série de alimentos são afetados na cotação do dólar”, afirmou Vieira.
A alta da moeda americana acumula 8,5% de variação desde o início de 2021. Essa valorização é muito maior do que a do ano passado, quando o valor registrava cerca de R$ 4.