Na véspera, o dólar fechou a R$ 5,99, em alta de 1,47%, depois de ter batido a marca de R$ 6 durante a sessão. Ibovespa caiu 1,32%

No primeiro dia de vigência do “tarifaço” de 104% dos Estados Unidos sobre os produtos importados da China, o dólar operava em alta nesta quarta-feira (9/4), em meio às incertezas em relação aos desdobramentos da guerra comercial sobre a economia mundial.
O que aconteceu
- Às 9h05, a moeda norte-americana avançava 0,78% e era negociada a R$ 6,045.
- Na véspera, o dólar fechou a R$ 5,99, em alta de 1,47%, depois de ter batido a marca de R$ 6 durante a sessão.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 5,1% em abril e perdas de 2,95% em 2025.
China dá nova resposta a Trump
Depois de ter seus produtos taxados em 104% pelos EUA, o governo da China anunciou nesta quarta-feira uma nova retaliação aos produtos norte-americanos.
O Ministério das Finanças da China anunciou que vai aplicar tarifas de 84% sobre produtos importados dos EUA. A medida entra em vigor já na quinta-feira (10/4).
O governo chinês afirmou que vai continuar a tomar medidas “firmes e contundentes” para proteger seus “direitos e interesses legítimos”, após a entrada em vigor das novas taxas de importação impostas pelos EUA.
“Tarifaço” sobre a China
Antes do anúncio da China, a Casa Branca confirmou, nessa terça-feira (8/4), que aplicará uma tarifa extra de 50% a todos os produtos importados da China. Esse valor será somado aos 54% impostos pregressamente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, chegando a 104%. A cobrança começou a valer a partir desta quarta-feira.
Essa é mais uma escalada da guerra tributária estabelecida com o país asiático. A China anunciou que imporia uma taxa de 34% como retaliação ao tarifaço anunciado na quarta-feira (2/4).
A China foi taxada, inicialmente, em 34% sobre todos os produtos importados pelos EUA. Como resposta à taxação, o país asiático anunciou que irá impor uma tarifa retaliatória de 34% aos EUA.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, que o presidente dos EUA, Donald Trump, “não vai se curvar à China” e aplicará uma tarifa de 104% ao país oriental.
“Trump está disposto a negociar com os países, mas essas negociações podem durar meses. Até lá, as tarifas começarão a valer nesta quarta-feira”, disse a porta-voz.
Europa
Após terem um dia de alívio na última terça-feira (8/4) com maior otimismo sobre as negociações em torno das tarifas comerciais impostas pelos EUA sobre diversos países, os principais índices das bolsas de valores da Europa voltaram a operar no vermelho nesta quarta.
Por volta das 8h10 (pelo horário de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, tombava 4,2%, aos 466,44 pontos.
As bolsas de Frankfurt (Alemanha), Londres (Reino Unido), Paris (França) e Madri (Espanha) operavam no vermelho na abertura das negociações.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma nova rodada de tarifas comerciais sobre mais de 180 países. As taxas variaram entre 10% e 50%.
A União Europeia (UE) foi alvo de tarifas de 20% sobre seus produtos. Países europeus que não participam do bloco, como o Reino Unido, tiveram tarifas menores, de 10%.
Ásia
Nesta quarta-feira, os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção definida.
Enquanto os indicadores dos mercados de Tóquio, no Japão, e Seul, na Coreia do Sul, terminaram o dia operando no vermelho, as ações subiram na China, com os investidores esperando por uma resposta do governo de Pequim às tarifas comerciais impostas pelos norte-americanos.
Ibovespa
As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
No dia anterior, o indicador recuou 1,32%, aos 123,9 mil pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumula queda de 4,86% no mês e alta de 3,03% no ano.