Suspeitos renderam seguranças e fugiram em direção ao metrô Anhangabaú. Polícia Militar faz buscas e patrulha a região. Biblioteca já foi alvo de furto em 2006. Obras foram recuperadas pela PF só 18 anos depois.

Dois criminosos armados invadiram a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no Centro de São Paulo, e roubaram algumas obras de arte na manhã deste domingo (7).
Segundo a Polícia Militar, os homens renderam os seguranças do espaço antes de fugir em direção à estação Anhangabaú do Metrô.
Equipes da PM que estavam nas proximidades prestaram auxílio imediato aos funcionários e iniciaram patrulhamento na região indicada, mas até o momento ninguém foi localizado.
Não houve registro de feridos. O local e as imediações seguem sob intenso patrulhamento da Polícia Militar, enquanto outra equipe colhe informações para identificar e prender os autores do crime.
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Espaço onde as obras roubadas estavam expostas na Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de SP. — Foto: Acervo pessoal
As obras estavam expostas e o g1 obteve uma foto do espaço que ficou vazio após a ação dos criminosos.
A reportagem procurou a Prefeitura de São Paulo para comentar o episódio e saber o que foi roubado, mas ainda não recebeu retorno.
Mantida pela gestão municipal, a Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior biblioteca do país e a maior biblioteca pública da cidade de São Paulo.
Ela completou 100 anos em fevereiro e, no ano passado, recebeu mais de 207 mil pessoas. Chamada antes apenas de biblioteca municipal, ela recebeu o nome do escritor Mário de Andrade em 1960.
Roubo de 2006
Essa não é a primeira vez que a principal biblioteca municipal da capital paulista é alvo de assaltantes. Em 2006, ladrões furtaram do local doze gravuras raras do século 19.
Elas eram datadas de 1.834 e foram recuperadas pela Polícia Federal apenas em 2024, 18 anos depois do roubo.
As peças faziam parte do livro “Souvenirs de Rio de Janeiro”, que contém justamente 12 ilustrações de paisagens brasileiras pintadas à mão pelo suíço Johann Jacob Steinmann, entre os anos de 1834 e 1835.
O crime foi descoberto em agosto daquele ano de 2006, quando um funcionário pegou emprestada uma publicação do alemão Karl Hermann Konrad Burmeister e deu falta de algumas imagens.
Segundo a PF, elas estavam com um colecionador brasileiro que as comprou legalmente em uma casa de leilões em Londres, na Inglaterra.
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“Souvenirs de Rio de Janeiro”, de Johann Jacob Steinmann — Foto: Reprodução/PF-SP
Fonte: g1


