Maria José Rocha Lima – Zezé*
Faz dois anos que partiu o querido e doce Lucas Dias. Ele foi colega do nosso filho Lucas Vicente na Vivendo e Aprendendo, durante toda a educação infantil. Lucas era um menino muito inteligente, talvez por isso não tenha suportado viver entre os simples mortais. Aliás, esta qualidade era um legado de família: a inteligência e generosidade.
Conheci mãe de Lucas, Thâmar de Castro Dias , ainda uma jovem incrivelmente inteligente, as duas, ela e eu, militantes do Partido Comunista. O pai de Thamar, doutor Raimundo Dias, era um juiz honrado e independente, numa época, na Bahia, em que os membros dos três poderes viviam intimidados, debaixo dos pés dos mandatários.
A mãe de Thamar e avó de Lucas, professora Isa De Castro Dias, era muito competente e querida em Itapetinga, no interior da Bahia, e dirigiu escolas por quase toda a vida profissional. E Lúcio, tio de Lucas, é um intelectual brilhante, foi meu colega na Assembleia Legislativa da Bahia, assessorando um parlamentar do partido. Esta amizade de longa data faz doer mais a partida de Lucas Dias. Ficou gravada na minha memória de forma indelével o comovente depoimento de Bruno De Castro Dias, irmão de Lucas.
É difícil acreditar que tenha partido tão jovenzinho, já formado em Direito, uma grande promessa para todos nós que o acompanhamos, cheios de carinho e expectativa.
Hoje, a querida amiga Thâmar, a mãe de Lucas Dias, está a nos convidar para cultuar a sua lembrança, plantando uma árvore. Segundo ela, para ficar anos crescendo no lugar onde ele nasceu, cresceu e fez amigos.
Ela escolheu a árvore que encantava Lucas, o ipê amarelo.
Thamar conseguiu autorização da prefeitura da quadra. “Teremos sempre uma vida para celebrar a vida dele e floradas para marcar a alegria da sua passagem no mundo”, disse Thamar.
Querida Thâmar, muitos de nós estaremos, nesta quinta-feira, às 17h, na linda homenagem para demonstrar o nosso amor ao adorável Lucas De Castro Dias!