Segundo a SSP, diversos crimes que têm o homem como suspeito ainda estão em aberto. Lázaro, de 32 anos, morreu em confronto com a polícia após 20 dias de fuga.
O DNA de Lázaro Barbosa foi coletado para ajudar em investigação de outros crimes. Ele, que é suspeito de matar uma família em Ceilândia em um caseiro em Cocalzinho de Goiás, morreu na segunda-feira (28) em confronto com a polícia enquanto tentava fugir. As buscas pelo foragido duraram 20 dias.
Mariana Mota, perita criminal e administradora do Banco de Perfil Genético em Goiás, explicou que é possível incluir amostras genéticas de uma pessoa nesse sistema quando há a condenação por crimes graves ou hediondos, como homicídios, latrocínio, sequestro e estupro.
“Nesse banco a gente insere perfis de vestígios de locais de crime e também vestígios coletados de corpos de vítimas, como, por exemplo, vítimas de estupro. E também colocamos perfis genéticos de condenados por crimes previstos na legislação”, explicou.
Ela explicou ainda que, em casos de cadáveres, é possível fazer a coleta casa haja a suspeita de que eles tenham cometido crimes violentos.
“Aí é possível associar o crime, o vestígio biológico que foi deixado em um local de crime ou no corpo de uma vítima com o perfil de um condenado, de um suspeito ou de um cadáver que cometeu algum tipo de crime”, explicou.
Após a perícia, o corpo foi liberado, mas nenhum familiar procurou o Instituto Médico Legal até as 7h desta terça-feira (29) para fazer a retirada e sepultamento.
O secretário de Segurança Pública informou que além das condenações que Lázaro já tinha, ainda existem casos sem soluções e que ele é suspeito de ser o autor.
“Contando Goiás, DF e Bahia são mais de 30. Temos esses crimes que já são conhecidos: o quádruplo homicídio no DF, a tripla tentativa aqui, o sequestro da família em Goiás e temos outros sete, entre latrocínios, assassinatos, em aberto”, disse.
Confronto
A Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás informou que Lázaro foi atingido com pelo menos 38 tiros, mas só a perícia vai poder confirmar.
De acordo com o relato da Polícia Militar, os tiros foram efetuados pelas pistolas Sig Sauer calibre 9mm, Taurus calibre 9 mm e um fuzil calibre .556.
O secretário de Segurança Pública Rodney Miranda afirmou, na manhã desta segunda-feira (28), que Lázaro Barbosa descarregou uma pistola contra os policiais ao ser encontrado em Águas Lindas de Goiás, no entorno do DF.
“Ele descarregou a pistola contra os policiais e não tivemos outra alternativa se não revidar”, afirmou Rodney.
Após ser baleado, Lázaro foi levado por uma viatura do Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Bom Jesus, mas morreu.
Longa fuga
Enquanto fugiu por 20 dias, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, trocou tiros com moradores e policiais, ferindo um militar.
Além disso, Lázaro fez uma família refém – o casal e uma adolescente de 16 anos. Durante o sequestro, as vítimas contaram que o criminoso exigiu que eles andassem em córrego para não deixar rastros.
Drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão que tem plataforma de observação elevada de vídeo monitoramento ajudavam na procura. As autoridades policiais informaram que ele tinha facilidade de se esconder por ser mateiro, caçador e conhecer bem a região.