Agência decide se autoriza o uso emergencial dos imunizantes do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Acompanhe
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está reunida para votar o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: os imunizantes Coronavac, a ser produzido pelo Instituto Butantan, e Oxford/AstraZeneca, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A Gerência-Geral de Medicamentos recomendou aprovação do uso emergencial da vacina de Coronavac, condicionada ao monitoramento das incertezas e reavaliação periódica. Devido ao cenário da pandemia, o aumento de casos e ausência de alternativas terapêuticas.
O encontro começou às 10h10. Antonio Barra Lima, diretor-presidente da Anvisa, retirou a máscara de proteção para abrir a reunião. Ele prestou solidariedade aos mais de 200 mil mortos pela Covid-19 no Brasil, e também lamentou a situação de colapso na rede de saúde do Amazonas.
“Como diretor-presidente, como médico e cidadão brasileiro, minhas primeiras palavras são de respeito e solidariedade às mais de 200 mil famílias que perderam entes queridos no transcurso dessa pandemia. Minha solidariedade também aos nossos irmãos do Amazonas, nessa gravíssima situação, cujo socorro estamos trabalhando desde o primeiro momento.”
Barra Lima também alertou que, mesmo com as vacinas, o Brasil ainda enfrentará riscos, caso a população não mude seu comportamento em relação ao distanciamento social.
“O momento é de conscientização, união e trabalho. O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nessa guerra passa obrigatoriamente pela mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada.”
Após a fala do diretor-presidente, Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, passou a apresentar os resultados das pesquisas. Ele ressaltou o aspecto histórico da decisão, já que é a primeira vez que a Anvisa delibera sobre a aprovação de vacinas de modo emergencial.
Com duração prevista de 5 horas, a reunião contará com votos dos cinco diretores da Anvisa. O processo é longo: serão apresentados os estudos técnicos de cada vacina, elaborados por profissionais de três áreas do órgão regulador.
Após a fala do diretor-presidente, Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, passou a apresentar os resultados das pesquisas. Ele ressaltou o aspecto histórico da decisão, já que é a primeira vez que a Anvisa delibera sobre a aprovação de vacinas de modo emergencial.
Com duração prevista de 5 horas, a reunião contará com votos dos cinco diretores da Anvisa. O processo é longo: serão apresentados os estudos técnicos de cada vacina, elaborados por profissionais de três áreas do órgão regulador.
Quem abre a reunião é a relatora dos dois pedidos de autorização, a diretora Meiruze Freitas. Ela apresenta a pauta do encontro e, em seguida, os técnicos iniciam a apresentação dos estudos.
Depois, os cinco diretores votam, um a um, pela autorização do uso emergencial de cada imunizante. A escolha é por maioria simples. Ou seja, para aprovar a vacinação, ao menos três votos devem ser favoráveis. Caso três votos sejam contrários, o uso emergencial não será autorizado.
O parecer final é apresentado pelo diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres. A decisão sobre o uso emergencial das vacinas passa a valer a partir do momento em que os laboratórios forem comunicados. A autorização será publicada no portal da Anvisa, no extra de deliberações da diretoria colegiada. Não há necessidade de publicação da norma no Diário Oficial da União.
Fonte: Metrópoles