Nova tecnologia usa a bactéria Wolbachia para impedir que o Aedes aegypti transmita vírus como dengue, zika e chikungunya; ação começa em 10 regiões do DF

O Distrito Federal deu um passo importante no combate à dengue e outras arboviroses. Nesta terça-feira (9/9), foi inaugurado, no Guará, o Núcleo Regional de Produção Oswaldo Paulo Forattini, espaço dedicado à criação de Wolbitos, mosquitos Aedes aegypti que carregam a bactéria Wolbachia, capaz de bloquear a transmissão de vírus como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. A soltura dos mosquitos começou nesta terça (9/9), em 10 regiões administrativas do DF, entre elas, Sobradinho II, Brazlândia, Varjão, SCIA, Estrutural, Fercal, Itapoã, Arapoanga, Sobradinho, Paranoá, além de Valparaíso e Luziânia (GO), beneficiando mais de 700 mil habitantes.
O evento contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, da governadora em exercício, Celina Leão, do secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, e do CEO da Wolbito, Luciano Moreira. Segundo os especialistas, a expectativa é de que, a longo prazo, a presença dos Wolbitos substitua a população original do Aedes aegypti, reduzindo expressivamente a circulação de vírus no ambiente.
A governadora em exercício, Celina Leão ressaltou que a escolha das regiões levou em conta os índices de vulnerabilidade e destacou a importância da inovação. “Brasília está sendo referência. Hoje, temos 22 equipes soltando mosquitos em dez regiões administrativas, dentro de critérios técnicos definidos pela Secretaria de Saúde. É mais um passo para que tenhamos um Distrito Federal livre da dengue”, declarou.
A chefe do Buriti lembrou que o GDF investiu R$ 400 mil na instalação da biofábrica e que a estratégia se soma a outras medidas de prevenção contra a doença. (CB)