Secretaria de Saúde incluiu temporariamente, no público-alvo, mulheres e homens com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos. Prescrição médica é necessária.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) ampliou, temporariamente, o público-alvo para vacinação contra o papilomavírus humano, HPV, na sigla em inglês. A campanha, que era voltada apenas para adolescentes, agora também inclui mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, desde que:
- Vivam com o HIV;
- Sejam transplantados de órgãos sólidos ou de células tronco hematopoiéticas (medula óssea);
- Sejam pacientes oncológicos.
A imunização já está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital (veja endereços aqui). No entanto, para receber a vacina, esses pacientes precisam apresentar prescrição médica.
Estão sendo disponibilizadas 7,5 mil doses de imunizantes contra o HPV, com vencimento previsto para 11 de maio, segundo a SES-DF. A ampliação do público-alvo vale enquanto durar o estoque.
Proteção contra o HPV
A imunização contra o vírus, ainda na adolescência, protege contra uma série de doenças sexualmente transmissíveis, quando iniciada a vida sexual, e até mesmo do câncer.
A vacina, aplicada em duas doses, é indicada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). No Distrito Federal, a campanha existe desde 2013 para as meninas e desde 2017 para os meninos.
Segundo os indicadores de imunização da Secretaria de Saúde do DF, de 2013 a junho de 2021, apenas 41,2% das meninas receberam duas doses da vacina contra HPV. Já entre os meninos, de 2017 até junho de 2021, somente 24,3% foram imunizados.
O que é o HPV?
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível de alta prevalência que pode causar desde verrugas genitais e no ânus até neoplasias, como câncer no colo do útero, no pênis, na boca e no ânus. Dos mais de 150 tipos diferentes do vírus, 13 são considerados de alto risco, podendo causar, além dos tumores cervicais, câncer de ânus, vulva, vagina e de pênis.
Altamente contagioso, muitas vezes assintomático e sem cura, ele é transmitido principalmente durante a relação sexual sem proteção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o vírus sexualmente transmissível mais comum.
Além da observação dos sinais aparentes, como as verrugas, há exames específicos que devem ser feitos de forma regular. Eles incluem o Papanicolau, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as unidades básicas.
Outros exames específicos como a colposcopia e a peniscopia são realizados a partir da identificação das lesões previamente mencionadas, e também estão disponíveis na rede pública de saúde. Os médicos explicam que nem sempre a pessoa com HPV desenvolve sintomas, mas, ainda assim, pode infectar outros indivíduos pelo contato sexual.