O título da Libertadores não entra apenas para a história do Atlético-MG, mas marca também uma virada e tanto na carreira de um dos grandes craques do futebol brasileiro. Ronaldinho Gaúcho chegou desacreditado a Belo Horizonte no ano passado. Quando deixou o Flamengo, de maneira conturbada, enquetes mostravam a rejeição entre torcedores de todos os clubes da Série A. Após a vitória na decisão por pênaltis contra o Olímpia, o meia teve seu momento de desabafo no Mineirão.
– Passa um filme na cabeça, muita coisa. Voltei para o Brasil para isso (conquistar a Libertadores), era o que me faltava. Todo mundo dizia que eu estava acabado, que aqui era time de renegados. Falem agora! – exclamou, correndo para abraçar seus companheiros.
O meia atleticano ainda exemplificou a superação do grupo falando do artilheiro da equipe na Libertadores, Jô. Com sete gols, um deles na partida final, o centroavante também pôde respirar aliviado com a conquista.
O Jô voltou à Seleção e ganhou a Copa das Confederações, mostrando que nem sempre é o atleta que é o errado. Às vezes o extracampo faz com que um jogador possa não mostrar tudo em campo.
O camisa 10 ainda destacou a presença de Gilberto Silva no elenco. Os dois conquistaram juntos a Copa do Mundo de 2002 pela seleção brasileira.
– Eu e o Gilberto Silva, a gente colecionou algumas coisas na carreira. E, quando ele voltou para o Atlético-MG, falei “que bom”, porque, sempre que a gente se junta, levanta troféu. Deus abençoou a gente mais uma vez. É um dos companheiros mais inteligentes com quem joguei, sempre com palavras de sabedoria. É um prazer ter ele do meu lado – elogiou.
Ronaldinho agora faz parte do seleto grupo de jogadores que conquistaram torneios continentais tanto na Europa quanto na América do Sul. Ao lado de Dida, Cafu e Roque Júnior, ele se torna o quarto brasileiro a colecionar a Liga dos Campeões e a Taça Libertadores.
(foto:Jô e Ronaldinho Gaúcho festejando o título da Libertadores)