O delegado Alexandre Saraiva representou contra o diretor-geral da PF Paulo Maiurino por conta da mansão que ele possui em Miami
O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva solicitou que a Corregedoria Geral da PF investigue o diretor-geral da instituição, Paulo Maiurino, para apurar a origem do dinheiro usado por Maiurino para comprar o imóvel de luxo que ele possui em Miami, na Flórida.
A coluna (Guilherme Amado/Metrópoles) revelou que ele quitou em apenas 16 meses uma hipoteca de US$ 337,5 mil, ou R$ 1,9 milhão no câmbio de hoje, usada para comprar a casa, cuja existência foi informada pelo repórter Allan de Abreu.
O salário bruto de um delegado de classe especial da PF, atual posição hierárquica de Maiurino na corporação, é de R$ 31 mil. Em valores líquidos, são cerca de R$ 25 mil. Já sua companheira, a funcionária pública Renata Veit, é assessora parlamentar no gabinete do deputado Bacelar, do Podemos da Bahia, desde abril deste ano; ela teve em outubro um rendimento líquido, já com auxílios, de R$ 6,2 mil.
No pedido, ele cita a reportagem da coluna e aponta que Maiurino pode ter incorrido na prática de lavagem ou ocultação de bens, cuja pena pode chegar a dez anos de prisão.
Maiurino comprou e quitou, em 16 meses, um apartamento de US$ 675 mil (R$ 3,5 milhões) em Miami Beach. O financiamento foi de US$ 337,5 mil, ou R$ 1,9 milhão no câmbio de hoje. O expediente é incomum porque, na modalidade escolhida, Maiurino acabou pagando mais, entre taxas do banco e juros.
Por outro lado, a operação desperta menos a atenção das autoridades financeiras dos EUA encarregadas de fiscalizar a origem do dinheiro de compras feitas à vista.
Saraiva foi tirado do Amazonas em retaliação por ter investigado o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Com informações do Metrópoles