domingo, 23/02/25
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Defesa de Adriana Villela pede anulação do julgamento

Defesa irá recorrer da condenação dada a Adriana Villela
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O advogado de defesa da arquiteta Adriana Villela, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, entrará, nesta quinta-feira (3/10) com termo de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) pedindo a nulidade do Júri que a condenou como a mandante do Crime da 113 Sul. O juiz titular Paulo Rogério Santos Giordano fixou a pena em 67 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado. Adriana ela pode cumprir a pena em liberdade, uma vez que assim respondeu a todo o processo.

“Vamos levar nosso inconformismo ao Tribunal. Estamos requerendo a nulidade do Júri em uma questão jurídica, na visão da defesa, gravíssima e incontornável”, afirmou.

O julgamento da arquiteta durou 10 dias e 103 horas, sendo o mais longo da história do Tribunal do Júri do Distrito Federal. Ao todo, 24 testemunhas foram ouvidas, sendo 8 de acusação e 16 de defesa.

Nesta quarta-feira (2/10), os jurados negaram absolvição à arquiteta. “Infelizmente a anulação se impõe, mesmo com a enorme seriedade e competência do juiz, doutor Paulo Giordano na condução dos trabalhos”, declarou Kakay. Logo após a leitura da sentença, o advogado se pronunciou. “Foi a maior injustiça que vi em 40 anos de advocacia criminal”, afirmou. “Estamos vivendo uma monstruosidade. Essa condenação é um erro judiciário inacreditável.”

Na quarta-feira (2/10), o procurador de justiça do Ministério Público do Distrito Federal e/ Territórios (MPDFT) Maurício Miranda, descartou a possibilidade de cancelamento do júri.

“Na matéria de prova, para anular, tem que ser julgamento manifestamente contrário à prova dos autos”, explicou. Na prática, isso quer dizer que os advogados precisariam mostrar que houve inconstitucionalidade no julgamento. “Quando falamos de sustento, mostrando que tinha um arcabouço de provas, isso é mais do que suficiente para o Tribunal de Justiça não aceitar essa questão de julgamento manifestamente contrário.”

Na visão de Maurício Miranda, apenas uma questão muito fora da normalidade, ou absurda poderia justificar a anulação, uma vez que a decisão do júri é soberana. Mas, caso isso aconteça, Adriana passará novamente pelo Tribunal do Júri de Brasília.

Relembre o caso

Em 28 de agosto de 2009, foram assassinados dentro do apartamento em que moravam, na 113 Sul, o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, além da empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. A filha do casal, Adriana Villela, foi condenada como a mandante do crime. Ela foi a última a passar pelo crivo da Justiça, uma vez que três homens já estão presos e condenados como os autores das 73 facadas dadas no triplo homicídio: Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana, e Francisco Mairlon Aguiar.
Ao longo de 10 dias, a arquiteta enfrentou julgamento no Tribunal do Júri de Brasília. No último dia, defesa e acusação fizeram o debate final, expondo argumentos para tentar convencer os jurados.
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