O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) vai pedir licença do cargo para fazer pré-campanha. “Vou começar a viajar o Brasil e circular muito no Distrito Federal. Quero saber o que a população acha do meu mandato, se acha que deve ser renovado”, afirmou Cristovam. O parlamentar aproveitará as incursões país afora como termômetro para testar uma eventual candidatura à Presidência da República.
A partir de 1º de dezembro, o suplente dele, Wilmar Lacerda (PT), assumirá a cadeira no Senado. Lacerda já foi apresentado no gabinete de Cristovam e firmou o compromisso de manter a mesma equipe do senador, eleito em 2010 com 833.480 votos.
A entrada de Lacerda ajuda a amenizar a indisposição do PT desde que Cristovam votou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016. O parlamentar chegou a ser chamado de golpista por manifestantes durante uma audiência no Senado.
Como Wilmar Lacerda – atual chefe de gabinete da liderança do PT no Senado – é um nome forte dentro do partido, Cristovam ganha pontos com a antiga legenda.
Alianças
Com vistas a 2018, Cristovam tem feito alianças importantes, principalmente em um cenário de oposição ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB). Nesta terça-feira (7/11), ele almoçou com integrantes do PDT, do Solidariedade e do PSD. “Me encontrei com aquele mesmo grupo que não se sente mais ligado a Rollemberg. O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), não estava presente porque está viajando, mas mandou mensagem”, disse o senador.
O encontro ocorreu no restaurante Xique Xique, na Asa Norte. Estavam presentes a deputada distrital Celina Leão (PPS); o deputado federal Rogério Rosso (PSD); o vice-governador do DF, Renato Santana (PSD); o secretário de Justiça e Cidadania do DF, Arthur Bernardes (PSD); e o deputado federal Augusto Carvalho (Solidariedade), entre outros.
Esta não é a primeira vez que Cristovam se licencia do mandato. Em 2002, quando foi eleito senador, assumiu como ministro da Educação no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Cristovam ficou um ano no cargo e voltou para o Senado após ser demitido por telefone. Ele estava em Portugal, representando o governo federal, quando recebeu a notícia de que o então secretário do Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, assumiria seu lugar.
Fonte: Metrópoles