Segundo investigações, dupla faz parte de quadrilha que agia na internet. Envolvidos ‘influenciam pessoas a praticarem crimes’, diz delegado à frente do caso.
A Polícia Civil do Distrito Federal está à procura de dois suspeitos de usar a internet para comandar um esquema de tráfico de drogas e, segundo a investigação, “influenciar pessoas a praticarem crimes”. Matheus Henrique Alves de Lima, de 22 anos, e Rosival José dos Santos Júnior, 23, são considerados foragidos. As fotos foram divulgadas nesta segunda-feira (29).
O delegado à frente do caso, Eduardo Dal Fabbro, da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) contou que cada ação da quadrilha era compartilhada na internet. Nas redes sociais, um dos investigados se apresentava como “criminal influencer”.
“É um criminoso que expõe a sua vida e as atividades ilícitas em uma rede social. Eles influenciam as pessoas a praticarem crimes.”
As denúncias podem ser feitas, de modo anônimo, pelo telefone 197.
Ainda de acordo com a polícia, o grupo era chefiado por um traficante do Rio de Janeiro que acionava comparsas de outros seis estados, incluindo o DF, para a negociação, venda e entrega das drogas. No dia 19 de março, uma operação policial prendeu 15 suspeitos no DF, em Goiás e no Rio de Janeiro.
Tráfico
A entrega da droga, segundo a investigação, era feita por motoboys, motoristas de aplicativo ou até mesmo pelos Correios, como mostram imagens obtidas pela Polícia Civil. O delegado, entretanto, informou que os motocilicistas não tinham relação com o grupo.
Depois das postagens nas redes sociais, a quadrilha chegava a receber “feedbacks” dos usuários que compravam as drogas. Em uma das mensagens, um deles escreveu:
“Veio totalmente discreto e no peso certo. pode confiar, galera, sem medo de pedir.”
Após a prisão do grupo, um dos suspeitos inclusive se manifestou no perfil na internet promovendo uma vaquinha para pagar o advogado do chefe da quadrilha.
Todos os detidos vão responder por tráfico de drogas e associação criminosas e podem pegar até 15 anos de prisão. Agora, a Polícia Civil monitora a ação de outros traficantes virtuais.