Em cinco meses, Secretaria de Desenvolvimento Social investiu quase R$ 40 milhões para garantir alimentação das famílias em vulnerabilidade social
O Governo do Distrito Federal (GDF) começou a liberar nesta quarta-feira (30) a recarga de R$ 250 do Cartão Prato Cheio para 34.966 famílias beneficiárias. No total, foram investidos para o pagamento deste mês R$ 8.741.500,00. Todas as famílias que recebem o benefício de segurança alimentar e nutricional são acompanhadas pelas equipes socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
De janeiro a maio deste ano, o GDF gastou R$ 39.924.500 para fazer a recarga dos cartões do programa Prato Cheio. De acordo com a Sedes, o recurso foi utilizado para abastecer 159.698 cartões no período, com recargas mensais de R$ 250 para compra de alimentos no comércio local.
O Prato Cheio é um benefício temporário criado para atender famílias em situação de vulnerabilidade social ou que tiveram a renda prejudicada em razão da pandemia da covid-19, como a cozinheira Ângela Matos, de 32 anos, moradora do Gama Leste, que perdeu emprego há um ano por causa da crise.
“O crédito do Prato Cheio tem ajudado muito”, conta Ângela, que há dois meses foi incluída no programa. “Trabalhei por dez anos como auxiliar de cozinha e cozinheira no mesmo órgão público, mas era funcionária terceirizada e fui demitida da empresa. Eu nunca tinha ficado desempregada. Nesses últimos meses, tenho feito diárias para sobreviver.”
Chefe de família, mãe de dois adolescentes de 12 e 19 anos, Ângela explica que, como os filhos já estão grandes, prioriza a compra de produtos essenciais para a família. “Costumo comprar carne, arroz, frutas e verduras, o que é mais necessário”, detalha.
“O aumento do número de pessoas atendidas pelo programa de segurança alimentar e nutricional e da procura pelo benefício é um retrato da crise gerada pela pandemia da covid-19”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social
Ampliação
Secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha ressalta que as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade recebem o auxílio por seis meses. “O aumento do número de pessoas atendidas pelo programa de segurança alimentar e nutricional e da procura pelo benefício é um retrato da crise gerada pela pandemia da covid-19”, afirma.
“O Cartão Prato Cheio é temporário para garantir assistência às famílias que realmente precisam. Cessando a situação de risco social, o recurso do benefício é destinado a outro beneficiário que passa por dificuldade. Por isso, é necessário que seja reavaliado por uma equipe socioassistencial periodicamente”, reforça a gestora.
Segundo a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Karla Lisboa, a meta é ampliar o programa até o fim do ano. “Nós aumentamos de três para seis meses o tempo de concessão do benefício”, informa.
Quem pode receber o cartão
Têm direito ao Cartão Prato Cheio pessoas com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa da família, que se encontrem em situação de insegurança alimentar e sejam moradoras do Distrito Federal, inscritas no Cadastro Único ou no Sistema Integrado de Desenvolvimento da Sedes.
Têm prioridade as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos, com pessoas com deficiência ou idosas e pessoas em situação de rua, acompanhadas por equipes da assistência social e em processo de saída de rua.
*Com informações da Sedes