Manifestação partiu do vice-presidente da CPI e foi endossada pelo presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM)
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), solicitou, nesta terça-feira (18/5), que a Polícia Federal investigue as ameaças que integrantes do colegiado têm recebido de opositores e apoiadores do governo federal.
O pedido foi atendido pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). “Será encaminhado hoje [terça (18/5)] mesmo, senador Randolfe. Isso daí está virando uma rotina, mas o papel nosso é continuar trabalhando aqui”, afirmou.
Randolfe disse que há “claramente uma ação coordenada” contra integrantes da comissão. “Alguns colegas desta Comissão Parlamentar de Inquérito, eu creio que não devam ser todos, têm recebido nas suas comunicações pessoais, têm recebido no seu WhatsApp, e de diversas formas, diferentes tipos de ameaças, o que me parece ser claramente uma ação coordenada, presidente”, relatou.
A fala ocorreu antes do depoimento do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo sobre sua gestão frente à pasta no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Araújo é o sétimo depoente do colegiado. Antes dele, os senadores ouviram o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, além dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.
A comissão ouvirá, nesta quarta-feira (19/5), o ex-ministro Eduardo Pazuello, que teve a oitiva adiada no último dia 5, após ele ter alegado ter tido contato com dois servidores infectados pela Covid-19.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.