Valor foi repassado indevidamente na construção do BRT, diz apuração. Deputados enviaram carta com oito recomendações a Rollemberg.
O presidente da CPI dos Transportes, bispo Renato Andrade (PR), pediu ao governador do Distrito Federal para suspender o repasse de R$ 36,2 milhões à empresa de transporte público Pioneira para compensar valores que, segundo o deputado, foram pagos erroneamente. O valor corresponde ao usado na construção do Expresso DF. A empresa não quis se posicionar sobre.
O parlamentar afirma que a quantia não deveria ser repassada para a viação e sim, para o consórcio de empresas. Os dados foram levantados durante investigação da CPI, que apura supostas irregularidades no transporte público da capital do país. Segundo Andrade, o dinheiro também foi utilizado para executar testes dos transporte, como o funcionamento dos trilhos e catracas.
“Estamos questionando o porquê de a Pioneira ter recebido esse dinheiro. A própria Secretaria de Mobilidade nos informou que esse valor não era devido à empresa. Na verdade, a quantia deveria ser paga pela empresa Metrô-DF e não pelo GDF. Por que o governo assumiu uma dúvida que não era dele?”, questionou.
Esta e mais outras sete denúncias foram redigidas em uma carta de recomendações que será entregue para o governo do Distrito Federal. A Secretaria de Mobilidade informou que ainda não recebeu as recomendações elaboradas pelos parlamentares que compõem a CPI dos Transportes e, portanto, não pode se pronunciar sobre o assunto.
“De qualquer forma, todas as recomendações serão analisadas pela equipe da secretaria para que sejam tomadas as providências”, explicou por nota.
O membro da comissão e deputado distrital Ricardo Vale se recusou a aceitar a proposta e a assinar a carta. De acordo com ele, é “grave” insinuar que uma empresa tenha recebido R$ 36 milhões indevidamente