Pendrives, celular e remédio tarja preta também foram retidos. Pelo menos três jovens com idades entre 14 e 18 anos eram aliciadas no local, diz deputado.
Operação deflagrada nesta segunda-feira (16) pela CPI da Pedofilia da Câmara Legislativa do Distrito Federal, com autorização da Justiça, apreendeu eletrônicos em uma suposta agência de aliciamento e exploração sexual de adolescentes.
Segundo a comissão, pelo menos três jovens com idades a partir dos 14 anos eram abusadas no local. Durante a apreensão, em um endereço da Asa Norte, as equipes encontraram uma jovem de 18 anos, que disse estar sendo mantida ali há cerca de um mês.
Os policiais civis que cumpriram os mandados também apreenderam computadores, pendrives, celulares, um HD externo, uma câmera fotográfica e DVDs de filmes pornôs.
Caixas de ritalina – um remédio tarja preta recomendado para déficit de atenção, e usado sem prescrição como estimulante, para afastar o sono – também foram apreendidas.
Denúncia à CPI
Dos três mandados de prisão autorizados pela Justiça, dois não puderam ser cumpridos nesta segunda. Responsável pela operação, intitulada Crisálida, o delegado Haendel Fonseca diz que a ação foi atrapalhada por uma “movimentação dos envolvidos em dois casos”.
O local na Asa Norte foi monitorado durante o último fim de semana. De acordo com os investigadores, a denúncia anônima foi formulada diretamente à CPI da Pedofilia. O material apreendido será periciado, e não há prazo para que novas medidas sejam tomadas. Nesta segunda, nenhum suspeito foi preso.
Presidente da CPI na Câmara Legislativa, o distrital Rodrigo Delmasso (PRB) afirmou que as denúncias apontam a existência de um esquema de aliciamento e prostituição infantil. “Eles oferecem programas sexuais com meninas que vêm, geralmente, de áreas de baixa renda do DF e Entorno”, disse.
A CPI foi aberta em maio de 2016. Segundo Delmasso, a primeira fase fez um levantamento do sistema de proteção a crianças e adolescentes no DF. Em seguida, o Tribunal de Contas fez auditoria no Fundo de Direitos da Criança. A investigação, segundo o parlamentar, começou agora – dois anos após a abertura dos trabalhos.
Fonte: G1 DF.