Mais cedo, Prefeitura de SP pediu à Anvisa e ao Ministério da Saúde que reduzissem o intervalo.
O governo do estado anunciou nesta quinta-feira (2) a redução de 5 para 4 meses o intervalo para aplicação da dose adicional da vacina contra a Covid-19 em São Paulo.
A medida vale para quem tomou duas doses dos imunizantes do CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, e vai beneficiar cerca de 10 milhões de pessoas que se vacinaram nos meses de julho e agosto.
Para a decisão, o Comitê Científico do Coronavírus da gestão estadual considerou o atual cenário epidemiológico da doença no mundo, que o Brasil ainda não tem a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de esquema vacinal completo para viajantes e que São Paulo é a porta de entrada de pessoas de todo o mundo e a proximidade das festas de fim de ano.
Mais cedo, a Prefeitura de São Paulo pediu autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde para reduzir o intervalo da aplicação da dose .
“Nós temos na cidade estoque de vacina pra fazer esse processo, seria muito importante avançar nisso. Aliás, domingo, quando o ministro [da Saúde] conversou comigo, ele disse exatamente isso: ‘vamos avançar na aplicação da dose adicional’, disse o Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde.
Réveillon e máscaras
Mais cedo, a gestão municipal anunciou o cancelamento do réveillon 2022. Também foi mantida a obrigatoriedade do uso de máscaras na cidade.
A medida foi comunicada nesta manhã pelo prefeito de SP, após resultado de estudo sobre a situação epidemiológica da cidade, feito pela própria gestão municipal, apontar necessidade de cautela.
Ricardo Nunes (MDB) viajou com o governador João Doria (PSDB) aos Estados Unidos e falou com a imprensa em Nova York.
Ano novo na Av. Paulista
No final de novembro, a Prefeitura de SP anunciou o planejamento do tradicional réveillon 2022 na Avenida Paulista.
A realização do evento foi condicionada ao “quadro epidemiológico da pandemia”, mas sustentada como viável até a última terça (30).
No início da semana, o prefeito Ricardo Nunes chegou a dizer que a festa seria mantida.
O cancelamento ocorre após a confirmação de três casos da variante ômicron, sendo dois deles na capital paulista e um na cidade de Guarulhos, na Grande SP.
Ainda de acordo com a gestão municipal, um estudo próprio apontou a necessidade de manter o uso de máscaras na cidade e evitar grandes eventos que promovam aglomerações.
Uso de máscaras
A gestão municipal previa flexibilizar o uso de máscaras em ambientes externos no dia 11 de dezembro, conforme cronograma inicial do governo estadual.
Nesta quinta (2), porém, a gestão de João Doria também recuou e desistiu de liberar a população do uso de máscaras ao ar livre.
Entretanto, aguardava o resultado de um estudo próprio para definir a data.
O governo de São Paulo também deve anunciar nesta quinta se manterá ou não liberação das máscaras em locais ao ar livre no dia 11 deste mês.
Outros estados
Prefeituras de ao menos 15 capitais brasileiras anunciaram cancelamento total ou parcial das festas de réveillonpor conta da Covid: Aracaju, Belém, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Luís e Vitória.
Variante ômicron
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021 no país.
No Brasil, três casos foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz. Todos são monitorados, apresentam sintomas leves e passam bem.
Na terça (30), autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Holanda no dia 19 de novembro – uma semana antes do que se acreditava e antes da OMS classificar como variante de preocupação.
A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta.