O Brasil decidiu, nesta segunda-feira (31/8), como vai participar da aliança mundial para a vacina contra a Covid-19 capitaneada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O acordo será flexível e garantirá imunizações para 20% da população (cerca de 40 milhões de pessoas).
A aliança capitaneada pela OMS reúne mais de 170 países para comprar, com descontos, imunizações contra a Covid-19. O valor estimado para cada dose é de cerca de US$ 10. Como o Brasil já tem acordo fechado com a AstraZeneca pela vacina de Oxford, optou por um esquema flexível.
Caso a primeira imunização a ser aprovada seja a desenvolvida na Inglaterra, o país não entrará nesta rodada do consórcio para não precisar pagar duas vezes. No esquema, o Brasil iria para o final da fila para receber as vacinas de uma segunda imunização aprovada.
Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, seria possível adquirir, por meio da aliança, doses suficientes para entre 10% a 50% da população. O Brasil se comprometeu a comprar imunizações para 20% da população, quantidade que contemplaria profissionais de saúde, idosos e pessoas com doenças crônicas.
100 milhões de doses
O acordo do Brasil com a Universidade Oxford/AstraZeneca foi fechado há exatamente mês. Por ele, o país se comprometeu a investir R$ 1,9 bilhão para obter a transferência de tecnologia e os insumos necessários para a fabricação de 100 milhões de doses da vacina. O valor inclui ainda investimentos no laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A imunização de Oxford é tida como a mais avançada do mundo e está em testes no Brasil. A previsão é que entre dezembro e janeiro deste ano, 30 milhões de doses já estejam prontas para serem aplicadas na população.
O governo de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, também pleiteia investimentos para a vacina do laboratório chinês Sinovac-Biotech. Apelidada de Coronavac, a vacina também está em testes no Brasil, inclusive parte deles é feito em voluntários do Distrito Federal.