sexta-feira, 21/11/25
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Correios aprovam plano para reverter crise e anunciam que empréstimo de R$ 20 bi deve sair até o fim do mês

Medidas foram adiantadas pelo presidente da empresa, Emmanoel Rondon, no começo de outubro, e agora foram aprovadas pelos conselhos da empresa.

Correios — Foto: Marcelo Camargo

 

 

Depois de 12 trimestres consecutivos de prejuízos, a nova gestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, aprovou um plano de reestruturação para garantir liquidez e manter seu papel como operador nacional de logística.

➡️A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (19), segundo a estatal.

O plano reúne três eixos principais:

  • recuperação financeira;
  • consolidação do modelo; e
  • crescimento estratégico.
  • Programa de Demissão Voluntária e redução de custos com planos de saúde.
  • Reestruturação da rede de atendimento: a estatal poderá eliminar até mil pontos deficitários.
  • Modernização da operação e da infraestrutura tecnológica.
  • Monetização de ativos e venda de imóveis: há potencial identificado de R$ 1,5 bilhão nessa frente.
  • Expansão de portfólio para comércio eletrônico e avaliação de fusões e aquisições para reconstruir a empresa a médio prazo.

 

As medidas foram adiantadas pelo presidente da empresa, Emmanoel Rondon, no começo de outubro, e, agora, foram aprovadas pelos conselhos da empresa.

🔎Entretanto, no comunicado oficial, os Correios não detalharam como as medidas anunciadas vão funcionar.

 

Função pública no centro

Apesar dos cortes e das mudanças, a estatal reafirma que a universalização dos serviços postais é “compromisso estratégico e social inegociável”.

Mesmo com déficit líquido de R$ 4,5 bilhões só no primeiro semestre de 2025, os Correios destacam que são o único operador apto a atender todos os municípios do país, inclusive os de difícil acesso.

A capilaridade trazida pela rede — que entrega livros didáticos, insumos eleitorais, ajuda humanitária em emergências — é usada como argumento para justificar a manutenção da estatal com eficiência.

Riscos e próximos passos

A aposta, agora, é que a execução do plano permita reduzir o déficit em 2026 e voltar a gerar lucro em 2027.

Mas há riscos: a dependência de captação de crédito no mercado, a venda de ativos em ambiente de mercado incerto, e a pressão por eficiência num setor altamente regulado e com operadores externos investindo pesado podem tornar o desafio maior que o anunciado.

 

 

 

 

 

 

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